LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO MUNICÍPIO DO IPOJUCA - PE/BRASIL
HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAÚJO 1, JUSSARA PATRÍCIA MONTEIRO VASCONCELOS1, JOSINALDO LEANDRO DOS SANTOS1, JACKSON JOSÉ DOS SANTOS1, ROSEANE CABRAL DE OLIVEIRA1, EDUARDO JOSÉ DA SILVA1, ODILSON BARTOLOMEU DOS SANTOS1, ANDRÉA LOPES DE OLIVEIRA1, JULIANA CARLA SERAFIM DA SILVA1
1. PMI - PREFEITURA MUNICIPAL DO IPOJUCA
dough_biomar@hotmail.com

Introdução: A Leishmaniose Visceral Americana (LVA) encontra-se em processo de expansão em áreas urbanizadas . O Município do Ipojuca, localizado em Região Litorânea do Estado de Pernambuco, vem apresentando casos humanos de LVA. Assim, o estudo da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) torna-se importante para compreensão da epidemiologia da doença, pois o cão possui papel fundamental como reservatório no ciclo do parasito. Objetivo: Analisar a LVC em Ipojuca utilizando as técnicas imunológicas para o diagnóstico. Matérias e Métodos: Os exames imunológicos foram realizados no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral / LACEN-PE através dos ensaios de Testes Rápidos (TR) e Ensaio Imunoenzimático (ELISA) de acordo com orientações preconizadas pelo Ministério da Saúde, utilizando kits padrão para diagnóstico da LVC, fornecidos por Bio-Manguinhos. O TR foi utilizado como triagem, sendo os exames positivos ou indeterminados confirmados pelo ELISA. As investigações ocorreram nos anos 2016 e 2017 as amostras foram encaminhadas pela Diretoria Geral de Vigilância em Saúde do Ipojuca (DGVS). Resultados: Em 2016 foram realizados 6 TR sendo que 4 amostras apresentaram-se como não reagente, sendo então realizado 2 amostras pelo ensaio do ELISA onde 1 amostra confirmou ser reagente para LVC. Enquanto no ano de 2017 foram realizados 19 TR sendo que 11 amostras apresentaram-se como não reagente, sendo então realizado 8 amostras pelo ensaio do ELISA, sendo que 7 amostras confirmaram ser reagente para LVC. Discussão: A LVA antes restrita às áreas rurais do nordeste brasileiro, avançou para a periferia e centros urbanos figurando de maneira significativa nas estatísticas da LVA no Brasil. Observa-se que houve um aumento expressivo de 2016 para 2017, caracterizando a manutenção do ciclo do parasita, ainda assim a infecção canina do ponto de vista epidemiológico é mais importante que a humana, em razão de sua maior prevalência e proximidade com a população. De acordo com o Ministério da Saúde uma das medidas de controle para essa parasitose é eutanásia de cães soropositivos, função está realizada em Ipojuca em parceria com clínica especializada para tal feito. Conclusões: Foi constatado casos de LVC no Município do Ipojuca, sendo um fator de risco para transmissão dessa doença aos seres humanos. Apesar dos esforços empreendidos pala vigilância em saúde do Ipojuca, destacamos medidas mais efetivas de ações educativas, e controle vetorial do flebótomo.



Palavras-chaves:  Leishmaniose, Reservatório, Diagnóstico, Ipojuca, Saúde Pública