ECOEPIDEMIOLOGIA DO DENGUE NO MUNICÍPIO DO IPOJUCA - PE/BRSAIL NO PERÍODO DE 2010 A 2017
HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAÚJO 1, JUSSARA PATRÍCIA MONTEIRO VASCONCELOS1, GISELE MARY DA SILVA1, THAÍS NASCIMENTO DE ALMEIDA SIQUEIRA1, ÉVELIN LÚCIA DE BARROS1, ANDERSON ARTENIS DOS SANTOS FRANCELINO1, HENRIQUE JOSÉ DA SILVA1, ANDRÉA LOPES DE OLIVEIRA1, JULIANA CARLA SERAFIM DA SILVA1
1. PMI - PREFEITURA MUNICIPAL DO IPOJUCA
dough_biomar@hotmail.com

Introdução: O dengue é uma arbovirose amplamente distribuída nos países tropicais e subtropicais. É uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e se intensifica no Brasil devido as suas características ambientais e sociais. Na região Nordeste, incluindo Pernambuco precisamente o município do Ipojuca, o dengue é considerado um sério problema de saúde pública. As condições climáticas favoráveis potencializam a proliferação do A. aegypti . Objetivo: Descrever a ecoepidemiologia da dengue entre os anos de 2010 a 2017 do Município do Ipojuca. Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória. As informações foram coletadas no banco de dados da Diretoria Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Município do Ipojuca. Resultados: Entre os anos de 2010 a 2017 foram notificados 490, 1.332, 1.413, 788, 162, 2.791, 3.545 e 151 casos, dentre esses confirmados 104, 379, 252, 27, 160, 341, 319 e 04 para os respectivos anos. Quanto ao sexo masculino foram 41, 169, 99, 173, 80, 122, 139 e 02 para os anos de 2010 a 2017, enquanto para o sexo feminino foram 63, 210, 153, 217, 82, 219, 180 e 02. O critério de confirmação do dengue através da sorologia para os anos de 2010 a 2017 foram 44, 111, 41, 9, 30, 79, 21 e 0, enquanto a confirmação da doença pelo critério clínico epidemiológico foram 60, 268, 211, 18, 130, 262, 298 e 04. No período de 2010 a 2017 as maiores frequências dos casos ocorreram nas semanas epidemiológicas 01 a 18 correspondente aos meses de  janeiro e abril. Em relação a  ecologia do vetor o mesmo mostrou-se associado aos hábitos de armazenamento d'água, sendo os depósitos de água de piso, seguidos de depósitos de água superior e pequenos móveis. Discussão: O aumento evidente dos casos de dengue especialmente nos anos de 2011, 2015 e 2016 seguem o padrão nacional. Sugere-se a associação do maior número de casos em mulheres nos anos de 2011 a 2016 devido a permanência maior deste sexo no ambiente doméstico, principalmente pelas evidências de criadouros no domicilio ou peridomicilio. A distribuição sazonal da confirmação dos casos parece estar associada às condições climáticas favoráveis.  Conclusões: A ecoepidemiologia do dengue no município do Ipojuca mostra-se dentro do perfil observado no país, especialmente na região Nordeste. Apesar dos esforços empreendidos pala vigilância em saúde do Ipojuca, destacamos medidas mais efetivas de ações educativas, controle vetorial, notificações e diagnóstico laboratorial.



Palavras-chaves:  Ecoepidemiologia, Sazonalidade, Dengue, Ipojuca, Saúde Pública