AVALIAÇÃO DO POLIMORFISMO NO ÉXON 10 DO GENE TAP1 EM MULHERES COM E SEM INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO
FERNANDA SILVA MEDEIROS1, MAURO CÉSAR DA SILVA 1, NEILA CAROLINE HENRIQUE DA SILVA1, LAÍS ANDRIELLY BARACHO DA COSTA1, MARIA LUIZA BEZERRA MENEZES1, STEFAN WELKOVIC 1, MARIA CAROLINA VALENÇA RYGAARD1, EDUARDO ANTÔNIO DONADI1, NORMA LUCENA-SILVA1
1. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz/PE, Departamento de Imunologia, Laboratório de Imunogenética, 2. CISAM-UPE - Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros - Universidade de Pernambuco, 3. IMIP - Hospital de Ensino, Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Departamento de Oncologia Pediátrica, Laboratório de Biologia Molecular, 4. USP - Universidade de São Paulo, Divisão de Imunologia Clínica, Departamento de Medicina
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A proteína transportadora de antígenos (TAP-1) forma um heterodímero com a TAP-2 que desempenha papel fundamental na via de apresentação de antígenos. Polimorfismos nos genes TAPs podem afetar a estrutura, a função e a eliminação do papilomavírus humano (HPV). Foi avaliado a associação do polimorfismo (rs1135216, +6774A/G ) do TAP1 com a infecção pelo HPV, o grau de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e a presença de aneuploidia em células cervicais. Foram avaliadas amostras de 178 mulheres atendidas nos ambulatórios de Patologia Cervical (CISAM) e do (IMIP), em Recife/PE, de abril/2016 a outubro/2017. O DNA de células cervicais foi extraído por KIT (GE Healthcare) e o diagnóstico do HPV foi realizado por PCR convencional com primers MY09/11. O DNA isolado de células mononucleares do sangue periférico por DNAzol foi submetido a PCR com iniciadores específicos para amplificação do éxon 10 de TAP1 . As amostras positivas foram sequenciadas e o programa SeqMan utilizado para a identificação do polimorfismo. A aneuploidia foi determinada pelo índice de DNA por citometria de fluxo após permeabilização das células cervicais. As citologias alteradas incluíram: lesão intraepitelial de baixo grau (LIEBG) e de alto grau (LIEAG). Os laudos histopatológicos encontrados foram: NIC I; NIC II e III. Para os cálculos estáticos o Teste exato de Fisher foi utilizado. A frequência de mulheres positivas para HPV foi de 27,5% (49/178) com média de idade de 34,6 (±1,5) anos. As distribuições genotípicas estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Não houve diferença significativa na distribuição dos alelos e genótipos +6774A/G do gene TAP1 em relação a presença de infecção pelo HPV, alteração na citologia e histologia, grau de lesão cervical e aneuploidia celular ( p >0,05). Nossos dados sugerem que a presença do +6774A/G no TAP1 não é um marcador genético para risco de infecção por HPV ou para lesões cervicais de mulheres do nordeste do Brasil, contudo, não afasta a possibilidade de modulação pós-transcricional da expressão de TAP1. Futuros estudos são necessários para fornecer evidências mais conclusivas sobre a expressão deste gene na infecção por HPV.



Palavras-chaves:  HPV, polimorfismo, TAP1