AVALIAÇÃO DO POLIMORFISMO NO ÉXON 10 DO GENE TAP1 EM MULHERES COM E SEM INFECÇÃO PELO PAPILOMAVÍRUS HUMANO |
A proteína transportadora de antígenos (TAP-1) forma um heterodímero com a TAP-2 que desempenha papel fundamental na via de apresentação de antígenos. Polimorfismos nos genes TAPs podem afetar a estrutura, a função e a eliminação do papilomavírus humano (HPV). Foi avaliado a associação do polimorfismo (rs1135216, +6774A/G ) do TAP1 com a infecção pelo HPV, o grau de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e a presença de aneuploidia em células cervicais. Foram avaliadas amostras de 178 mulheres atendidas nos ambulatórios de Patologia Cervical (CISAM) e do (IMIP), em Recife/PE, de abril/2016 a outubro/2017. O DNA de células cervicais foi extraído por KIT (GE Healthcare) e o diagnóstico do HPV foi realizado por PCR convencional com primers MY09/11. O DNA isolado de células mononucleares do sangue periférico por DNAzol foi submetido a PCR com iniciadores específicos para amplificação do éxon 10 de TAP1 . As amostras positivas foram sequenciadas e o programa SeqMan utilizado para a identificação do polimorfismo. A aneuploidia foi determinada pelo índice de DNA por citometria de fluxo após permeabilização das células cervicais. As citologias alteradas incluíram: lesão intraepitelial de baixo grau (LIEBG) e de alto grau (LIEAG). Os laudos histopatológicos encontrados foram: NIC I; NIC II e III. Para os cálculos estáticos o Teste exato de Fisher foi utilizado. A frequência de mulheres positivas para HPV foi de 27,5% (49/178) com média de idade de 34,6 (±1,5) anos. As distribuições genotípicas estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Não houve diferença significativa na distribuição dos alelos e genótipos +6774A/G do gene TAP1 em relação a presença de infecção pelo HPV, alteração na citologia e histologia, grau de lesão cervical e aneuploidia celular ( p >0,05). Nossos dados sugerem que a presença do +6774A/G no TAP1 não é um marcador genético para risco de infecção por HPV ou para lesões cervicais de mulheres do nordeste do Brasil, contudo, não afasta a possibilidade de modulação pós-transcricional da expressão de TAP1. Futuros estudos são necessários para fornecer evidências mais conclusivas sobre a expressão deste gene na infecção por HPV. |