ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO DA SÍFILIS CONGÊNITA NA GESTAÇÃO ATRAVÉS DA PARTICIPAÇÃO DO PARCEIRO
ARYANNA VANESSA GOMES TIMÓTEO 1, CLAUDIO JOSÉ SANTOS JUNIOR1, JAILTON ROCHA MISAEL1, ANDREZA ALMEIDA GUIMARÃES1, JOHN VICTOR DOS SANTOS SILVA1, LUANNA MAYARA DOS SANTOS BEZERRA1, RAQUEL DE LIMA CHICUTA1, LORENA MARQUES RIBEIRO1, SIBELLY BATISTA DA SILVA1
1. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 2. HEHA - Hospital Escola Dr. Helvio Auto, 3. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
aryannavanessa@hotmail.com

Introdução: A Sífilis na gestação constitui um problema de saúde pública. O município de Junqueiro, localizado na 5ª microrregião de saúde de Alagoas, vem apresentando significativa prevalência de sífilis gestacional, tendo sido identificados 8 casos de sífilis gestacional no ano de 2015. Contudo, destacando a possibilidade de transmissão vertical, a captação precoce dos parceiros de gestantes acometidas com sífilis configura-se como uma emergente necessidade de remodelação dos serviços assistenciais em saúde pública. Objetivo : Descrever características relacionadas ao diagnóstico, tratamento e monitoramento dos parceiros de mulheres portadoras de sífilis gestacional, no município de Junqueiro-AL.  Metodos: Estudo descritivo, exploratório, retrospectivo, de natureza quantitativa. Foram analisadas todas as Fichas de Notificação e Investigação, bem como impressos de monitoramento dos parceiros de oito gestantes com resultados reagentes para o T. pallidum no município de Junqueiro/AL, no período de janeiro e dezembro de 2015 . A análise foi realizada por meio da estatística descritiva de frequências absoluta e relativa . Os aspectos éticos foram de acordo com a resolução 466/2012. Resultados/Discussão: Constatou-se que a concentração dos casos de sífilis em gestantes da zona rural, com 87,5% dos casos. Os parceiros estavam na seguinte delimitação por faixa etária: 1 caso abaixo de 20 anos, 4 entre 20 e 30 anos e 3 com idades acima de 40 anos. Verificou-se que 5 gestantes (62.5%) foram diagnosticadas a partir de resultados reagentes de teste-rápido no 1º trimestre e 3 dentre as que foram triadas no 2º trimestre. Entretanto, apenas 25% dos parceiros foram diagnosticados com sífilis. Com relação ao esquema de tratamento prescrito, em 100% das gestantes foi utilizada a penicilina benzatina, e quanto à classificação clínica, os casos notificados foram classificados como “primária” e sem registro (50%). Entretanto, não há nenhum registro de tratamento dos parceiros. Conclusão: A vigilância em saúde dos parceiros de gestantes que apresentam testes reagentes para sífilis é um importante fator para prevenção de sífilis congênita. Contudo, notou-se que houve falhas no processo de captação, diagnóstico e o tratamento precoces dos parceiros. O coimbate dessa infecção no município de Junqueiro requer efetivo monitoramento pelas equipes de saúde da atenção básica, sobretudo no período pré-natal, pois sua falha pode resultar em problemas de saúde para a mãe e o feto.



Palavras-chaves:  Sífilis, Cuidado Pré-Natal, Monitoramento Epidemiológico, Prevenção Primária