PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS GESTANTES VACINADAS NUMA MATERNIDADE DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
KATIUSCIA ARAÚJO DE MIRANDA LOPES1, ALINE MARIA DE ARAÚJO1, ANA BEATRIZ CORREIA DA SILVA1, BRUNA SAMPAIO DE SÁ1, LETICIA BERENGUER MARINHO MEDEIROS1, ANALÍRIA MORAES PIMENTEL1, PAULO NEVES BAPTISTA FILHO1
1. UPE - Universidade de Pernambuco
alinewilker_@hotmail.com

A vacinação é uma importante intervenção a ser realizada no pré-natal, e deverá ser priorizada. A imunização na gestante permite tanto a proteção materna, quanto a do concepto, pela via transplacentária e amamentação. No período da gestação são indicadas as vacina contra difteria e tétano (dT), a vacina contra difteria, tétano e coqueluche acelular (dTpa), a vacina recombinante contra hepatite B e a vacina contra influenza. Traçar o perfil epidemiológico das gestantes imunizadas pela dTpa, dT e gripe numa maternidade do sistema único de saúde (SUS). O estudo foi do tipo descritivo transversal realizado numa maternidade localizada na região metropolitana do Recife, no período de Julho de 2016 a Julho de 2017 e envolveu 1168 puérperas. A coleta dos dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário e da análise dos prontuários. De acordo com os dados analisados, foi possível identificar que 61,3% das puérperas foram imunizadas durante sua gestação pela dTpa, 50% pela dT e 47,1% pela da gripe. Em torno de 81,6% são residentes da região metropolitana do Recife, e 16,7% tinham idade igual ou menor que 18 anos.  25,3% estudaram até o ensino fundamental e 46,6% até o ensino médio.  19,2% fizeram menos de 6 consultas de pré-natal. Verificamos uma grande quantidade de mulheres não vacinadas. A meta de 95% de cobertura vacinal não ocorreu em nenhum imunobiológico estudado. Tal fato pode ter relação com pouco acompanhamento no pré-natal, visto que quase 1/5 das mulheres tiveram número de consultas de pré-natal abaixo do preconizado pelo ministério da saúde. Foi identificado também uma sobreposição na aplicação de imunobiológicos, gestantes sendo imunizadas para dT e para dTpa na mesma gestação, configurando falha na recomendação vacinal por parte dos profissionais de saúde. Tal achado pode estar relacionado à desinformação sobre o assunto. Conhecer o perfil epidemiológico das gestantes não vacinadas ajuda a conhecer quais os fatores de risco que podem estar ligados a esta ocorrência e assim intervir de maneira mais acertiva. Os dados apresentados reforçam a importância de consolidar as recomendações de vacinação nas gestantes junto aos profissionais de saúde e da educação em saúde da população, buscando levar conhecimento e prevenir agravos na sociedade.

Cobertura vacinal, Gestantes, Imunização



Palavras-chaves:  Cobertura vacinal, Gestantes, Imunização