SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA FEBRE AMARELA NO BRASIL ENTRE 2017 E 2018
THAIANE DO CARMO WANDERLEY 1, RIRISLÂYNE BARBOSA DA SILVA1, VIVIANE KARLA NICÁCIO BEZERRA1, MONIKELLY CARMO DA SILVA1, ANA CAROLINE MELO DOS SANTOS1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
tata-1703@hotmail.com

A Febre Amarela (FA) é uma patologia transmitida aos seres humanos através da picada do mosquito dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes; tendo sua maior incidência nos países do continente africano e da América do Sul, possuindo dois ciclos: urbano e silvestre. O ciclo silvestre está presente na região de matas onde o vetor infecta primatas não humanos que se tornam hospedeiros do vírus (mais comum), podendo ocasionar contágio de humanos que entram em contato com essa região . A FA pode manifestar-se clinicamente de forma assintomática, sintomática leve, moderada e grave. Este estudo  estudo teve por objetivo descrever o cenário epidemiológico da Febre Amarela no Brasil entre 2017 e 2018. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo e análise quantitativa, cujos dados foram colhidos do site do Ministério da Saúde, no informe n 26. . No total foram 4.102 casos suspeitos notificados em todo o país, sendo que 2.150 foram descartados e 854 passando por investigação neste período. O  Brasil teve 1.098 casos confirmados de FA e destes 340 culminaram em  óbitos com maior prevalência entre os meses de julho de 2017 a março de 2018. A maioria dos casos confirmados estiveram concentrados na região sudeste (99,45%), onde 41,25% foram do estado de Minas Gerais, e 41,07% em São Paulo, sendo os dois estados com o maior índice de contaminação pelo vírus. O estado do Rio de Janeiro fica em terceiro com 17,12% dos casos confirmados de infecção por FA. O vírus da FA hoje circula nos grandes centros urbanos, diferentemente de alguns anos atrás onde se encontrava apenas nas áreas endêmicas. Devido a essa epidemia no ano passado, hoje todo o território brasileiro é considerado área de recomendação para vacinação até o ano de 2019. Essa medida adotada pelo Ministério da Saúde visa prevenir a uma nova epidemia, bem como evitar o acometimento da forma grave da doença, levando a altos números de óbitos por FA. Observa-se que a falta de ações de vigilância em todo o território nacional corrobora para o acometimento de epidemias, as ações de prevenção e imunização voltadas apenas para áreas endêmicas do país não é o suficiente, principalmente por não possuir um sistema de monitorização de viajantes, que é o fator preocupante para a circulação do vírus em áreas não endêmicas.



Palavras-chaves:  Vigilância Epidemiológica, Epdemia, Febre Amarela, Saúde Pública