PERFIL DOS USUÁRIOS DE DROGAS COM INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UMA CIDADE DO AGRESTE DE ALAGOAS
|
Estudos demonstram que a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em usuários de drogas ilícitas é elevada. O abuso de drogas contribui para um relaxamento de medidas de proteção, em especial o uso do preservativo. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o perfil de usuários de drogas quanto aos aspectos que envolvem as infecções sexualmente transmissíveis. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa realizado em comunidades acolhedoras do agreste Alagoano. Foram incluídos no estudo indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e que consumiram crack e excluídos os que não concordaram em participar da entrevista. Todos indivíduos foram convidados a participar do estudo e orientados sobre a respectiva pesquisa. Caso concordassem em participar, assinavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e em seguida, eram entrevistados em local privado. As entrevistas foram realizadas utilizando um instrumento construído a partir da revisão de literatura contendo enunciados sobre características sociodemográficas, padrão de consumo de drogas lícitas e ilícitas e peculiaridades quanto a presença de ISTs. Os dados foram analisados no software estatístico SPSS, versão 22. O estudo obteve foi provado para realização das atividades de campo pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) sob parecer número 2.408.885. Do total de 66 acolhidos, dos quais 86,67% (n=13) eram usuários de crack e 22,7% (n=15) relataram ter alguma IST. Quanto à zona de residência 80% urbana (n=12) e 20% rural (n=3). O sexo masculino foi o mais prevalente com 80% (n=12). A etnia parda 53,33% (n=8) foi a mais frequente. A maioria dos indivíduos 80% (n=12) eram solteiros. Destes que referiram apresentar alguma IST, 33,3% foram diagnosticados com sífilis (n=5), 20% era gonorreia (n=3), 20% com HIV (n=3), 6,67% era cândida (n=1) e 20% não lembravam (n=3). Quanto ao uso de preservativos 73,33% referiram que costumavam fazer uso (n=11). Dispareunia não foi identificado em 66,67% (n=10) e 13,33% disseram que sentiam (n=2), sangramento na relação 66,67% disseram que não tinham (n=10) e 20% disseram que tinham (n=3). Os resultados encontrados mostram que os usuários com IST, possuem em sua maioria a sífilis, a maioria é do gênero masculino, de etnia parda e solteiro. |