PERFIL DOS USUÁRIOS DE DROGAS COM INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM UMA CIDADE DO AGRESTE DE ALAGOAS
THAIANE DO CARMO WANDERLEY 1, VIVIANE KARLA NICÁCIO BEZERRA1, RIRISLÂYNE BARBOSA DA SILVA1, MARIA ANDRYELLE DOS SANTOS SILVA1, MARIA SANDINÉIA BEZERRA1, TACIANA DIAS NOGUEIRA SILVA1, BRUNA RAMOS SANTOS1, BRUNA BRANDÃO DOS SANTOS1, ANA BEATRIZ AMORIM SALES1, ALEXANDRE WENDELL ARAUJO MOURA1, ADEMIR FERREIRA JUNIOR1, DENISE MACÊDO DA SILVA1, ANA CAROLINE MELO DOS SANTOS1, ELAINE VIRGÍNIA MARTINS DE SOUZA FIGUEIREDO1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
tata-1703@hotmail.com

Estudos demonstram que a prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) em usuários de drogas ilícitas é elevada. O abuso de drogas contribui para um relaxamento de medidas de proteção, em especial o uso do preservativo. Assim, o objetivo deste estudo é descrever o perfil de usuários de drogas quanto aos aspectos que envolvem as infecções sexualmente transmissíveis. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa realizado em comunidades acolhedoras do agreste Alagoano. Foram incluídos no estudo indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e que consumiram crack e excluídos os que não concordaram em participar da entrevista. Todos indivíduos foram convidados a participar do estudo e orientados sobre a respectiva pesquisa. Caso concordassem em participar, assinavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), e em seguida, eram entrevistados em local privado. As entrevistas foram realizadas utilizando um instrumento construído a partir da revisão de literatura contendo enunciados sobre características sociodemográficas, padrão de consumo de drogas lícitas e ilícitas e peculiaridades quanto a presença de ISTs. Os dados foram analisados no software estatístico SPSS, versão 22. O estudo obteve foi provado para realização das atividades de campo pelo comitê de ética e pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) sob parecer número 2.408.885. Do total de 66 acolhidos, dos quais 86,67% (n=13) eram usuários de crack e 22,7% (n=15) relataram ter alguma IST. Quanto à zona de residência 80% urbana (n=12) e 20% rural (n=3). O sexo masculino foi o mais prevalente com 80% (n=12). A etnia parda 53,33% (n=8) foi a mais frequente. A maioria dos indivíduos  80% (n=12) eram solteiros. Destes que referiram apresentar alguma IST, 33,3% foram diagnosticados com sífilis (n=5), 20% era gonorreia (n=3), 20% com HIV (n=3), 6,67% era cândida (n=1) e 20% não lembravam (n=3). Quanto ao uso de preservativos 73,33% referiram que costumavam fazer uso (n=11). Dispareunia não foi identificado em 66,67% (n=10) e 13,33% disseram que sentiam (n=2), sangramento na relação 66,67% disseram que não tinham (n=10) e 20% disseram que tinham (n=3). Os resultados encontrados mostram que os usuários com IST, possuem em sua maioria a sífilis, a maioria é do gênero masculino, de etnia parda e solteiro.



Palavras-chaves:  IST, Crack, Vulnerabilidade