SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA COQUELUCHE NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, 2012 A 2016 |
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, que tem como agente etiológico a bactéria Bordetella pertussis . Possui alta transmissibilidade e é uma importante causa de morbimortalidade infantil. O objetivo do estudo foi descrever a situação epidemiológica dos casos notificados e confirmados de coqueluche na I Região de Saúde do estado de Pernambuco nos anos 2012 a 2016. Trata-se de um estudo transversal. A população estudada foi composta por casos notificados e confirmados de coqueluche nos municípios da I Região de Saúde e registrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação. A análise foi realizada a partir de graficos construidos no Microsoft Excel 2016, de acordo com as seguintes variáveis: ano do início dos sintomas, município de residência, faixa etária e óbitos. Foram notificados 3531 casos suspeitos, dos quais 1467 (41,5%) foram confirmados. Destacaram-se os municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, com 1455 (41,2%) e 836 (23,7%) dos casos notificados, e os confirmados 196 (54,3%) e 277 (15,5%) respectivamente. A maior ocorrência de casos de coqueluche concentrou-se na faixa etária de menores de 6 meses de idade. Em 2014, observou-se uma incidência de casos elevada quando comparada aos demais anos com 18,7 casos/100.000 habitantes. Com relação aos óbitos, foram registrados 16 no período do estudo, 7 deles eram residentes de Recife e 11 (68,75%) ocorreram no ano de 2014. A taxa de letalidade no período estudado foi de aproximadamente 1,1%. A coqueluche ocorre com maior frequência em crianças menores de 1 ano, faixa etária que não possui o esquema vacinal completo e que tem maior risco para agravamento e óbito. Assim, desde 2014, tem sido oferecida na rede pública a vacina dTpa (Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) para as gestantes e os profissionais de saúde que atendam crianças menores de 6 meses com o objetivo de proteger os recém-nascidos até que completem o esquema básico de vacinação. Diante do exposto, evidenciou-se a incidência de casos de coqueluche no período estudado principalmente nos municípios de Recife e Jaboatão, na faixa etária em menores de 6 meses de idade. Ressalta-se a importância da imunoprevenção das crianças como medida de interrupção da cadeia de transmissão, além da importância da notificação dos casos e do trabalho da educação continuada dos profissionais de saúde no seguimento de protocolos do Ministério da Saúde e da educação em saúde com da população. Coqueluche, Doenças transmissíveis, imunoprevenção |