SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA COQUELUCHE NA I REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, 2012 A 2016
ANA LUISA ANTUNES GONÇALVES GUERRA 1, CELIVANE CAVALCANTI BARBOSA1, CINTIA MICHELE GONDIM DE BRITO1, ELIZABETH FARIAS LOPES1, JULIANA APARECIDA DE GOIS 1, JADINAMILSON MORAIS DOS SANTOS1, VIVIANE MARIA RIBEIRO PINA1, ÂNGELA ROBERTA LESSA DE ANDRADE1
1. IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, 2. I GERES - SES/PE - I Regional de Saúde - Secretaria Estadual de Pernambuco
guerra.analuisa@yahoo.com.br

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, que tem como agente etiológico a bactéria Bordetella pertussis . Possui alta transmissibilidade e é uma importante causa de morbimortalidade infantil.  O objetivo do estudo foi descrever a situação epidemiológica dos casos notificados e confirmados de coqueluche na I Região de Saúde do estado de Pernambuco nos anos 2012 a 2016. Trata-se de um estudo transversal. A população estudada foi composta por casos notificados e confirmados de coqueluche nos municípios da I Região de Saúde e registrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação.  A análise foi realizada a partir de graficos construidos no Microsoft Excel 2016, de acordo com as seguintes variáveis: ano do início dos sintomas, município de residência, faixa etária e óbitos. Foram notificados 3531 casos suspeitos, dos quais 1467 (41,5%) foram confirmados. Destacaram-se os municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, com 1455 (41,2%) e 836 (23,7%) dos casos notificados, e os confirmados 196 (54,3%) e 277 (15,5%) respectivamente. A maior ocorrência de casos de coqueluche concentrou-se na faixa etária de menores de 6 meses de idade. Em 2014, observou-se uma incidência de casos elevada quando comparada aos demais anos com 18,7 casos/100.000 habitantes. Com relação aos óbitos, foram registrados 16 no período do estudo, 7 deles eram residentes de Recife e 11 (68,75%) ocorreram no ano de 2014. A taxa de letalidade no período estudado foi de aproximadamente 1,1%. A coqueluche ocorre com maior frequência em crianças menores de 1 ano, faixa etária que não possui o esquema vacinal completo e que tem maior risco para agravamento e óbito.  Assim, desde 2014, tem sido oferecida na rede pública a vacina dTpa (Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) para as gestantes e os profissionais de saúde que atendam crianças menores de 6 meses com o objetivo de proteger os recém-nascidos até que completem o esquema básico de vacinação. Diante do exposto, evidenciou-se a incidência de casos de coqueluche no período estudado principalmente nos municípios de Recife e Jaboatão, na faixa etária em menores de 6 meses de idade. Ressalta-se a importância da imunoprevenção das crianças como medida de interrupção da cadeia de transmissão, além da importância da notificação dos casos e do trabalho da educação continuada dos profissionais de saúde no seguimento de protocolos do Ministério da Saúde e da educação em saúde com da população.

Coqueluche, Doenças transmissíveis, imunoprevenção



Palavras-chaves:  Coqueluche, Doenças transmissíveis, Vigilância em Saúde Pública