AVALIAÇÃO BIOLÓGICA DA AÇÃO DE UMA NOVA MOLÉCULA DE CUMARINA SOBRE O Trypanosoma cruzi
VIVIANE FLORES XAVIER 1, THAYS HELENA CHAVES DUARTE1, FLÁVIA DE SOUZA MARQUES1, LEONARDO MOREIRA SILVA1, ALINE TONHELA FERRAZ1, TAINARA GOMES RODRIGUES1, JASON GUY TAYLOR1, PAULA MELO DE ABREU VIEIRA1, CLAUDIA MARTINS CARNEIRO1
1. UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto
vivifxavier@yahoo.com.br

Descoberta há mais de 100 anos pelo cientista Carlos Chagas, a doença de Chagas é, ainda hoje, um importante problema de saúde pública. Atualmente estimativas apontam que 7 milhões de pessoas estão infectadas pelo protozoário Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas. Apesar de muitas classes de substâncias já terem sido testadas in vitro e in vivo contra o T. cruzi, a quimioterapia específica da doença de Chagas permanece limitada ao Benznidazol e Nifurtimox. Esses medicamentos estão associados a diversos efeitos colaterais tóxicos, à baixa eficácia no tratamento de pacientes na fase crônica da doença, dentre outras limitações, que tornam estes fármacos não ideais para o tratamento da doença. Desta forma, a descoberta de fármacos mais efetivos e menos tóxicos se faz necessário. Este trabalho tem como objetivo avaliar a atividade in vitro de uma nova molécula de Cumarina, a qual apresenta um grande potencial farmacologicamente ativo , contra formas amastigotas e tripomastigotas do T. cruzi . Por meio de metodologias adaptadas da literatura realizou-se a síntese de uma Cumarina inédita, a partir do acoplamento entre derivados de enals e chalconas. Posteriormente a Cumarina sintetizada foi submetida ao teste de citotoxicidade, utilizando-se o ensaio AlamarBlue TM . Para a avaliação da sua atividade biológica contra as formas infectantes tripomastigotas e amastigotas in vitro utilizou-se o ensaio da β-galactosidase. A nova molécula de Cumaria apresentou um excelente índice de seletividade (IS) > 128 sobre as formas amastigotas, sendo particularmente importante uma vez que um (IS) > 50 é necessário para que fármacos tripanocidas em desenvolvimento sejam indicados para testes in vivo . Apresentou também IC 50 sobre o parasita igual a 7,4 m M, já o Benznidazol apresentou IC 50 sobre o parasita igual a 3,81 m M. A nova molécula de Cumarina possui atividade in vitro comparável ao Benznidazol.

 



Palavras-chaves:  Doença, Tratamento, Teste, Citotoxicidade