PARASITOLOGIA E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PARASITOSES JUNTO A ESCOLARES
LUCAS MATHEUS NASCIMENTO SILVA 1,3, LARISSA SILVA DE MACÊDO1,3, CLÊNIO SILVA DA CRUZ1,3, CAMILLA MIELLY GOMES DA SILVA1,3, RENATA DO COUTO GRANDELLE FONTES1,3, MÔNICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE1,3, ANDRÉ DE LIMA AIRES1,3
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. DMT - UFPE - Departamento de Medicina Tropical - UFPE, 3. PPGCF - UFPE - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - UFPE, 4. PPGMT - UFPE - Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical - UFPE, 5. DNUT - UFPE - Departamento de Nutrição - UFPE, 6. PPGBIOTEC - UFPE - Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia - UFPE
lucas_yanmega@hotmail.com

As parasitoses acometem 1/3 da população mundial e o controle e prevenção só serão alcançados com participação da sociedade e isto só acontecerá, de forma efetiva, se ela for detentora de conhecimento. O conhecimento gerado nas Universidades precisa ultrapassar seus muros e alcançar a sociedade, inclusive escolares. Assim, objetivamos construir conhecimento sobre parasitoses junto a escolares. Estudo de intervenção educativa descritivo realizado com escolares do ensino fundamental e médio. A intervenção foi realizada em aulas teóricas e práticas sobre as principais parasitoses de interesse humano, duas oficinas e um jogo educativo. As estratégias e recursos didático-pedagógicos foram desenvolvidos por extensionistas, que atuaram como agentes da construção do conhecimento. Nas aulas teóricas abordamos: conceitos no estudo da parasitologia, taxonomia, protozooses, helmintíases, associações da transmissão e manutenção e os impactos políticos, sociais e econômicos das parasitoses e relações ecológicas. Nas aulas práticas exploramos, com auxílio de microscópios e lupas, aspectos morfológicos dos helmintos, protozoários e artrópodes vetores. A primeira oficina abordou de forma teórico-prático as técnicas coproparasitológicas. A segunda oficina abordou questões relacionadas à tricomoníase, única parasitose sexualmente transmissível. A construção do conhecimento foi avaliada através de um jogo de perguntas e respostas, “Show do Milhão da Parasitologia”. As discussões foram norteadas em rodas de conversas por ser um método de ressonância que consiste no desenvolvimento de espaços de diálogo, em que o estudante se expressa e, sobretudo, escuta extensionistas e outros estudantes. Os estudantes demonstraram curiosidade, entusiasmo e interesse pela parasitologia e alguns, após as aulas, abordaram os extensionistas com dúvidas e interesse em cursar algum curso na área de saúde, além de gratidão pelo conhecimento transmitido. Um dos pontos mais debatidos entre os estudantes foi o impacto socioeconômico e da morbimortalidade causado pelo parasitismo, pois muitos, não sabiam que as parasitoses causavam milhões de óbitos. Assim, é fundamental a promoção de conhecimento sobre as parasitoses, para que exista consciência de como evitá-las, identificá-las e contribuir de forma social para a promoção da saúde individual e coletiva. Não restam dúvidas que a educação é a maneira mais eficaz de combater as parasitoses e que escolares são alvo importante para essa ação.



Palavras-chaves:  parasitoses, educação em saúde, parasitologia