PARASITOLOGIA E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PARASITOSES JUNTO A ESCOLARES |
As parasitoses acometem 1/3 da população mundial e o controle e prevenção só serão alcançados com participação da sociedade e isto só acontecerá, de forma efetiva, se ela for detentora de conhecimento. O conhecimento gerado nas Universidades precisa ultrapassar seus muros e alcançar a sociedade, inclusive escolares. Assim, objetivamos construir conhecimento sobre parasitoses junto a escolares. Estudo de intervenção educativa descritivo realizado com escolares do ensino fundamental e médio. A intervenção foi realizada em aulas teóricas e práticas sobre as principais parasitoses de interesse humano, duas oficinas e um jogo educativo. As estratégias e recursos didático-pedagógicos foram desenvolvidos por extensionistas, que atuaram como agentes da construção do conhecimento. Nas aulas teóricas abordamos: conceitos no estudo da parasitologia, taxonomia, protozooses, helmintíases, associações da transmissão e manutenção e os impactos políticos, sociais e econômicos das parasitoses e relações ecológicas. Nas aulas práticas exploramos, com auxílio de microscópios e lupas, aspectos morfológicos dos helmintos, protozoários e artrópodes vetores. A primeira oficina abordou de forma teórico-prático as técnicas coproparasitológicas. A segunda oficina abordou questões relacionadas à tricomoníase, única parasitose sexualmente transmissível. A construção do conhecimento foi avaliada através de um jogo de perguntas e respostas, “Show do Milhão da Parasitologia”. As discussões foram norteadas em rodas de conversas por ser um método de ressonância que consiste no desenvolvimento de espaços de diálogo, em que o estudante se expressa e, sobretudo, escuta extensionistas e outros estudantes. Os estudantes demonstraram curiosidade, entusiasmo e interesse pela parasitologia e alguns, após as aulas, abordaram os extensionistas com dúvidas e interesse em cursar algum curso na área de saúde, além de gratidão pelo conhecimento transmitido. Um dos pontos mais debatidos entre os estudantes foi o impacto socioeconômico e da morbimortalidade causado pelo parasitismo, pois muitos, não sabiam que as parasitoses causavam milhões de óbitos. Assim, é fundamental a promoção de conhecimento sobre as parasitoses, para que exista consciência de como evitá-las, identificá-las e contribuir de forma social para a promoção da saúde individual e coletiva. Não restam dúvidas que a educação é a maneira mais eficaz de combater as parasitoses e que escolares são alvo importante para essa ação. |