POTENCIAL BIOTERAPÊUTICO DO Bacillus clausii SOBRE OS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE TRANSAMINASES E PROTEÍNAS HEPÁTICAS NA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI AGUDA EXPERIMENTAL
LUCAS MATHEUS NASCIMENTO SILVA 1,4,2, PAULO HENRIQUE VALENÇA NUNES1,4,2, CLÊNIO SILVA DA CRUZ1,4,2, ZILMA PEREIRA DOS ANJOS1,4,2, EULÁLIA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO XIMENES1,4,2, MÔNICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE1,4,2, ANDRÉ DE LIMA AIRES1,4,2
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 2. LIKA - Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami, 3. DMT - Departamento de Medicina Tropical - UFPE, 4. PPGCF - UFPE - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas - UFPE, 5. PPGMT - UFPE - Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical - UFPE, 6. HC - UFPE - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, 7. DANTI - UFPE - Departamento de Antibióticos - UFPE
lucas_yanmega@hotmail.com

A esquistossomose, parasitose amplamente distribuída em áreas tropicais e subtropicais do globo, acomete 258 milhões de pessoas. A infecção é potencialmente fatal e caracterizada por reações granulomatosas, especialmente no fígado. Essa inflamação resulta em alterações das funções bioquímicas do tecido hepático. O praziquantel tem eficácia antiparasitária, mas não atua na inflamação já instalada. Assim, novas alternativas terapêuticas são investigadas na modulação das lesões esquistossomóticas. O tratamento com probióticos vem sendo explorado experimentalmente em hepatopatias como na encefalopatia, cirrose, hipertensão portal e ascite. Assim, nosso objetivo foi investigar o potencial bioterapêutico do Bacillus clausii sobre transaminases e proteínas hepáticas plasmáticas na esquistossomose mansoni aguda experimental. Camundongos foram distribuídos em 3 grupos de acordo com a exposição cercariana e esquema terapêutico. O grupo controle infectado ficou livre de tratamento e os grupos experimentais profilático e terapêutico receberam o bacilo 30 dias antes da infecção até o 70° dia após infecção ou do 1° ao 70° dia de infecção, respectivamente. Dois grupos de animais não infectados receberam solução salina ou bacilo durante 100 dias consecutivos. B. clausii foi isolado e administrado por gavagem na dose diária de 10 9 esporos. No final do experimento o sangue foi obtido por punção cardíaca e o plasma empregado para a dosagem de ALT, AST, proteínas totais e albumina. Os grupos infectados e tratados com B. clausii nos esquemas profilático e terapêutico apresentaram redução significante dos níveis de ALT e AST de 48,8% e 37,6% e 43,54% e 34%, respectivamente, quando comparados ao grupo controle infectados e livres de tratamento. Já os níveis de proteínas totais e albumina foram reduzidos em 21,98% e 16,24% e 19% e 18,3% no tratamento profilático ou terapêutico, respectivamente, comparados ao controle infectado e livre de tratamento. Camundongos não infectados e tratados com B. clausii não apresentaram alterações nos níveis de ALT, AST, proteínas totais e albumina. O tratamento profilático e terapêutico com B. clausii modulou positivamente os níveis de ALT, AST, proteínas totais e albumina durante a infecção aguda experimental pelo S. mansoni . O tratamento é biosseguro, pois não altera esses marcadores hepáticos em camundongos saudáveis.



Palavras-chaves:  Esquistossomose, Probiótico, Marcadores de dano e função hepática