INFECÇÕES NOSOCOMIAIS RELACIONADAS À STAPHYLOCOCCUS AUREUS RESISTENTES À METICILINA (MRSA) EM UM HOSPITAL DO AGRESTE PERNAMBUCANO.
BRUNA CORDEIRO LOPES 1, LAMARTINE RODRIGUES MARTINS1, MARIANA QUITÉRIA DE MORAIS SILVA1, DEYVISSON WESLLEY GUALBERTO BEZERRA1, CÍCERO JADSON DA COSTA1, SIBELE RIBEIRO DE OLIVEIRA1
1. ASCES-UNITA - Associação Caruaruense de Ensino Superior
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O sangue é isento de microrganismos, porém, a contaminação por bactérias é fator que eleva diretamente a morbi-mortalidade, em especial se o paciente estiver internado em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), pois lá estão com o sistema imunológico debilitado, podendo a origem das infecções hospitalares (IH) serem endógenas ou exógenas. O desafio é maior quanto os agentes etiológicos presentes mostram-se multirresistentes, a exemplo dos Staphylococcus aureus Meticilino Resistentes (MRSA). Verificar a presença de MRSA nos registros de hemoculturas positivas, observando a relação com os casos de infecção nosocomial no agreste Pernambucano.Trata-se de um estudo observacional, exploratório retrospectivo, de natureza quantitativa. Foram incluídos neste estudo dados registrados pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que compreenderam os anos de 2012 a 2016, que apresentavam hemoculturas positivas e antibiogramas de bactérias que possuíam perfis de resistência relacionados ao MRSA, em um hospital de emergência do agreste pernambucano. Foram excluídos dados incompletos quanto a identificação bacteriana. O processamento dos dados se deu através do software Excel (Microsoft Office®). A bactéria mais isolada foi o Staphylococcus Coagulase Negativa com 77,69% das IHs, sendo o principal local de disseminação a UTI com 63,25% dos casos, sendo que uma média de 72,39% tratavam-se de MRSA, a prevalência na população masculina foi de 60,5% dos casos. Os Staphylococcus spp. em UTIs são os maiores responsáveis por infecções nosocomiais, sendo que sua inoculação na corrente sanguínea ocorre quando os procedimentos invasivos não são realizados seguindo os principais cuidados com a assepsia do paciente, facilitando desta maneira a disseminação de isolados MRSA, que são agentes resistentes aos beta lactâmicos, macrolídeos, aminoglicosídeos, sulfas e lincosaminas. A população masculina foi a mais atingida, pois é aquela que no âmbito hospitalar é a mais atendida por traumas físicos que podem facilitar uma IH. A alta prevalência de MRSA no ambiente hospitalar mostra, muitas vezes, uma carência de procedimentos básicos de cuidados, elevando a disseminação de fatores de resistência, bem como o aumento nos custos com o tratamento e permanência do paciente no ambiente hospitalar, sendo fundamental que os profissionais de saúde atuem em conjunto no controle das IHs.



Palavras-chaves:  Antibióticos, Bactérias, Unidade de Terapia Intensiva