PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MÃES QUE REALIZARAM PRÉ-NATAIS E TRANSMITIRAM SÍFILIS CONGÊNITA
MARIA VILANI DE MATOS SENA1,2, ANA MARIA PEIXOTO CABRAL MAIA 1,2, CAMILA DE SOUSA LINS AZEVEDO1,2, LEA DIAS PIMENTEL GOMES VASCONCELOS1,2, JANETE ROMAO SANTOS1,2, MARCOS CAVALCANTE PAIVA1,2, MARIA ALIX LEITE ARAUJO1,2, TEREZINHA DO MENINO JESUS SILVA LEITAO1,2
1. UFC - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA-UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 2. SMS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FORTALEZA, 3. UNIFOR - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
ANAMARIACABRAL@YAHOO.COM.BR

Introdução: A sífilis congênita é uma doença de fácil prevenção, mediante o acesso precoce à testagem durante o pré-natal e o tratamento adequado das gestantes positivas. A eliminação da sífilis congênita no nosso país ainda representa um grande desafio aos gestores e aos profissionais de saúde. Apesar da maioria das gestantes terem acesso ao pré-natal, e do aumento da detecção do HIV e sífilis em gestantes, são observadas elevadas taxas de incidência de casos de sífilis congênita o que aponta falhas no cuidado pré-natal relacionadas a diagnostico, tratamento, seguimento e registro da condução dos casos. Esse estudo tem como objetivo conhecer o perfil epidemiológico das mães que realizaram pré-natais e seus filhos apresentaram sífilis congênita no município de Fortaleza nos anos de 2007 a 2017. Métodos :Trata-se de um estudo descritivo, com corte transversal, onde foram estudados os casos confirmados de sífilis congênita dos quais as mães realizaram pré-natal, residentes no município de Fortaleza, entre 2007 e 2017. Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), posteriormente analisados através da estatística descritiva padrão através do software SPSS 16.0. Resultados e Discussão:  Foram confirmados 6718 casos de sífilis congênita de 2007 a 2017, sendo que 72% destes as mães realizaram pré-natal. Das mulheres que fez pré-natal 67% estavam na faixa etária de 20 a 34 anos, enquanto que 1% na faixa etária de 10 a 15 anos com o menor percentual observado. De 5 a 8 anos de estudos das mães foi de 36% seguida de 9 a 12 anos de estudos com 13%, 47% foram diagnosticadas durante o pré-natal, 72% das mulheres apresentaram os parceiros não tratados e a maioria dos casos residia na regional VI (26%).   Conclusões: O elevado percentual de neonatos infectados, apesar de suas mães terem relatado acompanhamento pré-natal, reflete a qualidade da assistência do pré-natal ofertado, possivelmente por falta de condução e registro adequado da gestante, atualização ou até mesmo dificuldade no cumprimento do protocolo pelos profissionais de saúde no manejo das Infecções sexualmente Transmissíveis( IST). A busca para diagnostico e tratamento  dos parceiros também é algo que atrapalha na cura da gestante e no impedimento da transmissão vertical da doença.



Palavras-chaves:  EPIDEMIOLOGIA, SÍFILIS CONGÊNITA, TRANSMISSÃO VERTICAL