CONDIÇÕES HIGIÊNICAS DOS PONTOS QUE COMERCIALIZAM PRODUTOS CÁRNEOS NOS MERCADOS DA CIDADE DE MACEIÓ-AL |
Mercados públicos são locais de grande importância em cidades brasileiras, onde se preservam e disseminam hábitos, costumes e cultura da população, contribuindo para a formação da tradição de uma cidade. Entretanto, os mercados públicos, especialmente da região Norte e Nordeste do país, são locais que podem apresentar higiene nem sempre adequada, coleta de lixo irregular, qualidade de água duvidosa e manipuladores com baixo nível sócio-econômico-cultural. Tais fatores contribuem para contaminação de microrganismos deteriorantes ou patogênicos que podem ser prejudiciais à saúde por causarem desde toxinfecções brandas e autolimitadas até patologias graves; que a depender do indivíduo pode, inclusive, levar à morte. Sendo assim, o trabalho teve como objetivo avaliar as condições higiênico-sanitárias encontradas nos mercados públicos que comercializam produtos cárneos, no município de Maceió/AL. Trata-se de um estudo de campo descritivo, de caráter qualitativo, realizado em todos os seis mercados públicos registrados na Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (SEMTABES) localizados na cidade de Maceió, que continham estabelecimentos para a comercialização de produtos cárneos. Os pontos que comercializam produtos cárneos, encontrados nos mercados públicos, foram avaliados através de check list , baseado na legislação vigente a partir da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 2016 de 15 de setembro de 2004. O instrumento de coleta continha 35 itens, divididos em três (03) partes: higiene pessoal; higiene, manipulação e armazenamento dos alimentos; e higiene do ambiente e área física. Os resultados obtidos mostram que os mercados públicos de Maceió, que comercializam carne in natura , apresentam não conformidades de 2,95% (manipuladores fumando) até 100% (não uso ou uniformes inadequados) nos itens de higiene pessoal; de 85,89 (condições gerais e temperatura ambiente) a 100% (contaminação cruzada, não congelamento e carnes expostas) em relação a higiene, manipulação e armazenamento de dos alimentos; e de 0% (ventilação e iluminação) a 100% (retirada de lixo, presença de pragas e animais) nos quesitos de ambiente e área física. Sendo assim, tornam-se necessários investimentos na área física e treinamento para os manipuladores, com a finalidade de implementar as boas práticas de higienização e manipulação, para reduzir o risco à saúde pública da exposição aos perigos provenientes do consumo de alimentos perecíveis contaminados. |