AVALIAÇÃO HEPÁTICA PELO MÉTODO FIB-4 EM PACIENTES COM HEPATITE C DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM MANAUS, AMAZONAS
ALEX BEZERRA DA SILVA MACIEL 1, MARILU BARBIERI VICTORIA1, FLAMIR DA SILVA VICTORIA1
1. FMT-HVD - Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, 2. UEA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
alexmaciellive@hotmail.com

A Hepatite C é um grave problema de saúde pública no mundo, ao todo 71 milhões de pessoas viviam com Hepatite C crônica, sendo mais de 1,75 milhões de novas infecções em 2015 de acordo com a OMS. O diagnóstico histológico revela-se importante quando da decisão terapêutica e também fornece subsídios quanto à confirmação da etiologia HCV; a biópsia hepática está indicada quando há aumento do ALT e marcadores virais positivos, já nos casos de ALT normal aconselha-se a monitorização a cada 3 meses. O FIB-4 representa um índice composto não invasivo que é uma medida validada de fibrose hepática, que é um importante indicador de doença hepática e usa a formula simples para avaliar grau de comprometimento do fígado. Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil hepático pelo método FIB-4 em uma população de um centro de referência de Manaus, Amazonas. Estudo descritivo retrospectivo de abordagem quantitativa de pacientes atendidos na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado – FMT/HVD, com infecção pelo vírus da Hepatite C (HCV). A coleta da amostra foi realizada por meio de prontuário eletrônico I-Doctor, sendo incluídos 79 pacientes; faixa etária de 40-79 anos, HCV-reagentes por PCR; de ambos os sexos; 44 (55.7%) sexo masculino. O escore foi dividido em dois grupos de acordo com o comprometimento hepático <3,25 (leve) e >3,25 (severo). 51 (64.5%) dos pacientes foram classificados com <3,25; 28 pacientes (35.5%) com >3,25. A importância do estadiamento da fibrose hepática para auxiliar na decisão sobre o tratamento ou não dos pacientes infectados já foi bem estabelecida.4 A biópsia hepática percutânea (BHP) atualmente representa o “padrão-ouro” para se diagnosticar e graduar a fibrose hepática (FH), mesmo tendo consideráveis limitações (como erros de amostragem – erros de local de coleta, tamanho inadequado do fragmento hepático, diferentes classificações de estadiamento num mesmo fragmento, discordância entre patologistas) e riscos, como morbidades (1-2% dos casos, principalmente hemorragias) e um índice de letalidade de 0,03%. Este estudo mostra a importância da utilização do método FIB-4 como ferramenta para ajudar elaborar uma estratégia clínica eficaz,porém não devendo substituir a biopsia como conduta diagnostica, servindo somente como mais um instrumento a ser seguido pelo profissional que atende o paciente .



Palavras-chaves:  Cirrose hepática, Diagnóstico, Hepatite C