AVALIAÇÃO DOS ACHADOS CLÍNICOS, HEMATOLÓGICOS E BIOQUÍMICO SÉRICOS EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS POR Leishmania infantum SUBMETIDOS A TRATAMENTO EXPERIMENTAL
AMANDA PINA DOS SANTOS 1, VÍCTOR JESÚS HUARINGA PAYANO1, JANILENE OLIVEIRA NASCIMENTO11, MARIA VANUZA NUNES DE MEIRELLES1, VICTOR FERNANDO SANTANA LIMA1, TALITA NAYARA BEZERRA LINS1, WAGNER WESLEY ARAÚJO ANDRADE1, CAIO FELIPE CAVALCANTI DE ANDRADE GOMES1, WINNY GOMES OLIVEIRA SILVA1, CAROLINA CUNHA GALVÃO1, LEUCIO CÂMARA ALVES1
1. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
vet.amandapina@gmail.com

A Leishmaniose visceral canina (LVC) é uma antropozonoose causada pelo parasito de tipo intracelular Leishmania infantum. Os cães podem ser classificados em assintomáticos ou sintomáticos, sendo os sinais dependentes  da resposta imune de cada animal. O tratamento continua sendo um  desafio, assim como a interpretação dos achados hematológicos e da bioquímicos sérica, pela falta de uniformização dos resultados. O objetivo deste trabalho foi a avaliar achados clínicos, hematológicos e da bioquímicos sérica de cães naturalmente infectados com Leishmania infantum , submetidos a tratamento experimental. Foram utilizados 14 cães com diagnóstico parasitológico positivo para Leishmania spp. Estes foram separados em dois grupos de tratamento, um com alopurinol associado a domperidona (DOA) (n=7) e o outro grupo alopurinol associado a miltefosina (MIA) (n=7). Os animais foram monitorados a cada 30 dias até o dia 90 pós tratamento, e realizou-se exame físico, clínico, pesquisa parasitológica de formas amastigotas de Leishmania sp. de aspirado de medula óssea, linfonodo e citologia esfoliativa de pele, além do hemograma e bioquímica sérica: ureia, creatinina, ALT, AST, proteínas totais, globulina e albumina. Todos os animais a partir do dia 60 apresentaram melhora clínica e negativaram na pesquisa parasitológica. Os dois grupos de tratamento no início do estudo revelaram trombocitopenia seguida por hiperproteinemia plasmática e anemia, os resultados da bioquímica sérica revelaram hiperglobulimenia, hipoalbuminemia, AST elevado e azotemía. Após 90 dias de tratamento as alterações hematológicas e bioquímicas diminuíram, mas no grupo DOA ainda apresentou anemia (14,29%), trombocitopenia (28,57%), hiperproteinemia (71,43%) e leucocitose (42,86%) no hemograma, e azotemía (14,29%), hipoalbuminemia (71,43%) e hiperglobulinemia (71,43%) na bioquímica sérica. No grupo MIA apresentou linfocitose (28,57%), eosinofilia (14,29%), trombocitopenia (42,86%) e hiperproteinemia plasmática (71,43%) no hemograma, e azotemia (42,86%), hiperglobulinemia (100%) e hipoalbuminemia (85,71%) na bioquímica sérica. Conclui-se que, o tratamento de alopurinol associado a domperidona é o melhor protocolo favorecendo a remissão dos achados clínicos e laboratoriais.



Palavras-chaves:  Bioquímica séria, Hematologia, Leishmaniose visceral canina