FATORES PARA A MANUTENÇÃO DA HANSENÍASE NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
ANA INDYGRIANI RODRIGUES 1, KAUANE ALENCAR RODRIGUES DA SILVA1, WILLIAM ASSIS BRAGA1, FRANCISCA DAYANE SOARES DA SILVA1, JHOANA D´ARC LOPES DE SOUSA1, LUCAS EDUARDO SILVA OLIVEIRA1, SUYLANE SOBRAL DE SOUSA1
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí, 2. FACID - Faculdade Integral Diferencial
indygliane@gmail.com

Hanseníase é uma doença crônica causada pelo agente etiológico Mycobacterium leprae . O Brasil é o segundo país com maior número de notificações registradas de hanseníase, de acordo com o ranking mundial, perdendo somente para a Índia. As áreas com maior risco de transmissão são os estados do Mato Grosso, Pará, Maranhão, Tocantins, Rondônia e Goiás, concentrando mais de 80% do total de casos diagnosticados. A disseminação do M. leprae acontece pelas vias respiratórias, através de secreções nasais, gotículas da fala, tosse e/ou espirro. Além disso, possui como características clínicas, o aparecimento de manchas avermelhadas na pele e o comprometimento dos nervos periféricos, fazendo com que haja a perda da sensibilidade nas regiões afetadas. Uma vez não tratada no seu estágio inicial, a hanseníase pode acarretar em sequelas, como deformidades físicas e incapacidades funcionais. O presente estudo tem como objetivo analisar os fatores que favorecem a não erradicação da hanseníase no Brasil, através de uma revisão de literatura. Para este fim, foram realizadas buscas de artigos depositados em bancos de dados on line : Scielo, PubMed e Lilacs, utilizando como descritores: “hanseníase”, “lepra” e “hanseníase no Brasil”. Foram selecionados 15 artigos de acordo com a temática da pesquisa. Como resultados, a maioria dos autores relatam que a hanseníase distribui-se de forma heterogênea no território brasileiro, concentrando-se em áreas no qual fatores socioeconômicos e ambientais são desfavoráveis, devidas as condições precárias de habitação e baixa escolaridade, sendo observado que em grandes cidades as diferenças manifestam-se entre os espaços intraurbanos, concentrando-se em locais de maior pobreza. Concluiu-se que para conseguir o controle e possível eliminação da hanseníase é necessário que o país se desenvolva, visto que ela ainda relaciona-se com a pobreza. Fazendo-se necessário atender as regiões mais carentes, realizando políticas de saúde com o objetivo de promover qualidade de vida, reduzir vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados a seus determinantes e condicionantes.



Palavras-chaves:  Brasil, Hanseníase, Lepra