INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR ESQUISTOSSOMOSE NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO PERÍODO DE 2010 A 2017
REBECA LARISSA NEPOMUCENO TORRES 1, DANIELA BARBOSA DE LIMA NASCIMENTO 1, RAYSSA GYSELE TEIXEIRA DA SILVA1, SABRYNA KELLY BEZERRA DA SILVA ARÁUJO1, GIVANILSON DA SILVA COSTA1, MARIANA QUITÉRIA DE MORAIS SILVA1, JOSÉ ALEXANDRE MENEZES DA SILVA1, ELINE FERREIRA MENDONÇA1
1. ASCES/UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida , 2. INSTITUTO DE HIGIENE E MEDICINA TROPICAL - Universidade Nova
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A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo verme Schistossoma mansoni. A fase inicial da doença, em geral, é assintomática. Entretanto, se não tratada a infecção inicial pode evoluir para formas clínicas graves, podendo chegar ao óbito. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a mesma acomete cerca de duzentos milhões de pessoas em todo o mundo, destacando o Brasil como o país que apresenta altas prevalências e expansão de ocorrência desta parasitose. Pernambuco aparece entre os estados com maior grau de endemicidade para a esquistossomose, o que pressupõe gastos em relação a doença. O estudo tem como objetivo demonstrar o perfil das internações e os valores dos serviços hospitalares referentes a esquistossomose no estado de Pernambuco. Foi desenvolvido um estudo descritivo, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponíveis no DATASUS, relativo à esquistossomose, nos anos 2010 a 2017. Para analisar os dados foi utilizado o Programa Microsoft Office Excel. No período pesquisado houveram 397 Autorizações de Internação Hospitalar (AIH), dos quais 196(49,4%) eram do sexo feminino e 201(50,6%) masculino, o grupo etário de 50 a 79 anos corresponde a 55,66% da demanda. Durante os anos pesquisados o valor total de recursos financeiros gasto foi de R$136.378,19. A média anual foi R$17.047,27(± R$2.020,00). Os casos mais graves da doença e que requerem uma assistência hospitalar especializada, são caracterizados pelo aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água ou outras condições menos frequentes como hipertensão pulmonar grave e paralisia de membros inferiores. Se comparado com os dados do país, Pernambuco corresponde a 24% dos casos de internamento. Frente aos dados apresentados, e em detrimento ao número de casos e valor gasto, observa-se a gravidade da doença, se fazendo necessário o fortalecimento de ações intersetoriais e no âmbito da atenção básica. Uma vez que internações e óbitos por uma doença parasitária, negligenciada, prevenível e sensível à atenção primária devem ser consideradas como expressão de iniquidade tanto nas ações de saúde como de iniquidade social.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Esquistossomose, Gastos em Saúde