MORTALIDADE DE IDOSOS POR PNEUMONIA E GRIPE NA PARAÍBA NOS ANOS DE 2010 A 2015: ANÁLISE DE DADOS
MARIA GABRIELA CARVALHO BARROSO1, ANNA BEATRYZ LIRA DA SILVA1, LETICIA DE SOUSA EDUARDO1, MARCOS ALAN SOUSA BARBOSA1
1. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande - campus Cajazeiras
mgabriela.barroso@gmail.com

O processo de envelhecimento normal, gradativo e irreversível, ocasiona mudanças que podem ser provocadas tanto por fatores intrínsecos (genéticos) quanto extrínsecos (hábitos de vida e ambiente). Dessa forma, os idosos apresentam maior vulnerabilidade aos agravos de infecções virais e bacterianas devido ao seu estado imunológico mais debilitado quando comparados a adultos saudáveis.  A pneumonia e a gripe são duas doenças com quadros clínicos semelhantes, mais comuns durante o período de inverno, que podem ser confundidas e trazer prejuízos quando tratadas de forma inadequada. Devido à facilidade de transmissão dessas doenças, é necessário focar sobretudo nas formas de prevenção do contágio, a saber as campanhas de vacinação contra o vírus Influenza e os hábitos de higiene pessoal, bem como evitar aglomerações populacionais durante os períodos de surto. Este trabalho tem a finalidade de avaliar as taxas de mortalidade causadas por pneumonia e gripe em idosos, no estado da Paraíba, durante o período de 2010 a 2015. Para isso, foi feita a coleta e a análise de dados provenientes das bases de dados do Sistema Único de Saúde (Departamento de Informática do SUS - DATASUS e Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso – SISAP Idoso) do período referente aos anos de 2010 a 2015. Os resultados coletados mostram um aumento gradativo no número de mortes em consequência dessas duas doenças, sendo observada, somente no ano de 2015, a ocorrência de 1255 mortes, enquanto no ano de 2010 houve 654, evidenciando o aumento de 601 mortes entre esses dois anos e totalizando um número de 5621 óbitos durante os seis anos referidos, sendo que, desse número, a porcentagem de óbitos do sexo masculino é maior (1,36%) quando comparada a de óbitos do sexo feminino (1,16%), o que demonstra a gravidade desses processos infecciosos na população idosa, principalmente nos do sexo masculino. Com isso, nota-se a necessidade da adoção de políticas mais abrangentes e de maior investimento em ações de promoção, prevenção e tratamento oportuno e adequado para essas doenças em idosos. Essas políticas podem e devem servir de auxílio à formulação e à implantação de ações capazes de trazer mudanças favoráveis à vida dos idosos e ao Sistema Único de Saúde, como sistema responsável por seu atendimento, dentre outras competências.



Palavras-chaves:  gripe, idoso, mortalidade, pneumonia