PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E SOROLÓGICO DOS CASOS SUSPEITOS DE DENGUE NA XI GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
AMANDA KARLA ALVES GOMES E SILVA 2, POLLYANA RODRIGUES DINIZ2, MARIA EDUARDA DA SILVA DIAS2, EMILY NARA ALVES DOS REIS 2, SEVERINO JEFFERSON RIBEIRO SILVA 2, JURANDY JÚNIOR FERRAZ DE MAGALHÃES2
1. FIOCRUZ - Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz Pernambuco, 2. UPE - Universidade de Pernambuco- Campus Serra Talhada, 3. LACEN/PE - Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral
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A Dengue (DENV) é uma arbovirose que se tornou um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, assim como em outros países que apresentam clima tropical. O vírus pertencente à família Flaviviridae e apresenta quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4). A pesquisa de anticorpos no soro é amplamente utilizada para diagnóstico de rotina no qual anticorpos anti-Dengue podem ser detectados. O presente estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico e sorológico dos casos suspeitos de Dengue na XI Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, nos anos de 2016 e 2017. Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo quantitativo, no qual os dados dos resultados laboratoriais foram adquiridos através de consulta no Gerenciador de Ambiente laboratorial, usado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN PE) e analisados pelo Programa Excel® 2013 para geração dos resultados. Como critério elegível, considerou-se os indivíduos residentes nos municípios pertencentes à XI GERES que apresentassem quadro clínico compatível com Dengue. Foram excluídos do estudo os casos descartados, inconclusivos e brancos em investigação. No ano de 2016, foram notificados 1.619 casos suspeitos de dengue, sendo 254 confirmados laboratorialmente, sendo que destes 168 foram do município de Serra Talhada-PE. Já em 2017, 59 notificados e 8 casos confirmados laboratorialmente. Comparando os anos de 2016 e 2017, foi observada redução significativa do número de casos notificados. Quanto ao sexo, em 2016, 31,01% (n= 79) dos casos confirmados eram do sexo masculino e 68,89% (n= 175) do sexo feminino, e em 2017, 62,5% (n = 05) eram do sexo feminino e 37,5% (n= 03), masculino. Houve maior número de casos confirmados na faixa etária de 20 a 59 anos com 65,74% (n= 167) em 2016 e 75% (n= 06) em 2017. Os meses de janeiro a março, responderam por 89,76% (n= 228) dos casos confirmados em 2016 e, no mesmo período, em 2017, 50% (n= 04), tendo como critério de classificação, a semana de início de sintomas. Diante das comparações, é perceptível a redução do número de casos notificados/confirmados, podendo estar atribuída a um conjunto de fatores, com a mobilização nacional contra as doenças e a maior proteção pessoal da população, a escassez de chuvas em determinadas regiões do país, o que desfavorece a proliferação do mosquito. Além disso, a inclusão de novos serviços de saúde, bem como qualificação dos profissionais da rede de saúde foram eficazes e podem ter auxiliado o diagnóstico.



Palavras-chaves:  dengue, epidemiologia, sorologia