CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E LABORATORIAIS DOS CASOS DE DENGUE DE PACIENTES ATENDIDOS NA I GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO
SEVERINO JEFFERSON RIBEIRO DA SILVA1, AMANDA KARLA ALVES GOMES E SILVA 1, POLLYANA RODRIGUES DINIZ1, MARIA EDUARDA DA SILVA DIAS1, EMILY NARA ALVES DOS REIS 1, JACILANE BEZERRA DA SILVA1, DIEGO GUERRA DE ALBUQUERQUE CABRAL1, JURANDY JÚNIOR FERRAZ DE MAGALHÃES1
1. FIOCRUZ - Instituto Aggeu Magalhães - Fiocruz Pernambuco, 2. UPE - Universidade de Pernambuco- Campus Serra Talhada, 3. LACEN/PE - Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral
AKARLA.AGES@GMAIL.COM

A dengue é a arbovirose mais importante em todo o mundo. A incidência da dengue tem sido frequentemente alta no estado de Pernambuco, e o número de casos no país representa aproximadamente cerca de 60% dos casos notificados de dengue em todo o mundo. A dengue é uma doença transmitida por mosquitos do gênero Aedes, podendo ser causada por qualquer um dos quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) pertencentes ao gênero Flavivirus e à família Flaviviridae . Nesse contexto, compreender a dinâmica da epidemiologia da dengue é importante para entender como a doença se comporta quando afeta a população e como está a sua evolução. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo descrever as características epidemiológicas e laboratoriais dos casos de dengue em indivíduos atendidos nos municípios que compõe a I Gerência Regional de Saúde do Estado de Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal descritivo, onde foi utilizada a base de dados do Gerenciador de Ambiente laboratorial (GAL) usado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral (LACEN/PE). Como critério elegível, considerou o resultado do diagnóstico de todos os indivíduos residentes em algum dos municípios que compõe a I Gerência Regional de Saúde do Estado de Pernambuco. Foram excluídos do estudo, os casos que apresentaram o resultado do diagnóstico como indeterminado ou inconclusivo. Entre os anos de 2016 e 2017, foram reportados 6.566 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 17,14% (n=1.126). Dos casos confirmados laboratorialmente, 97,51% (n=1.098) dos casos foram confirmados através do método sorológico IgM, 1,24% (n=14) através de Imuno-histoquímica e 0,97% (n=11) através da RT-qPCR. Quanto ao sexo, 65,36% (n=736) dos casos confirmados eram do sexo feminino e 34,63% (n=390) do sexo masculino. Houve maior número de casos confirmados na faixa etária de >20 anos, com respectivamente, 28,77% (n=324), seguida da faixa etária de 20 a 34 anos, com 24,24% (n=273). No último ano, observou-se uma redução do número de casos de dengue reportados/confirmados no estado de Pernambuco. Em primeira análise, este cenário pode ter sido reflexo da introdução de medidas de combate ao vetor, bem como a implementação de melhorias no serviço de saúde e investimento na capacitação dos profissionais de saúde. Esses fatores associados à escassez de chuvas em determinadas áreas desfavorecem a proliferação do mosquito.



Palavras-chaves:  arbovirose, dengue, diagnóstico, epidemiologia, saúde pública