AVALIAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE CELULAR EM CÃES FRENTE A UMA NOVA PROTEÍNA (Q5) DE Leishmania infantum
VICTOR VAITKEVICIUS ANTÃO DE SOUZA 1, LAYS ADRIANNE MENDONÇA TRAJANO SILVA1, WAGNER J. T. DOS SANTOS1, ARTUR L. DE CASTRO NETO1, FRANKLIN B. MAGALHÃES1, RÔMULO PESSOA E SILVA1, GILSAN APARECIDA DE OLIVEIRA1, MARIA GABRIELLA NUNES DE MELO1, OSVALDO P. DE MELO NETO1, VÍRGINIA M.B. DE LORENA1, MILENA DE PAIVA CAVALCANTI1
1. FAFIRE - Faculdade Frassinetti do Recife, 2. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães/ Fundação Oswaldo Cruz- Pernambuco, 3. UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida ASCES, 4. CESMAC - Centro Universitário CESMAC, 5. FACIPE - Faculdade Integrada de Pernambuco
victorvaitkeantao@gmail.com

O cão é considerado o reservatório de importância epidemiológica na Leshmaniose Visceral (LV) por possuir uma alta quantidade de parasitos na pele, favorecendo a infecção aos vetores. A resposta imune celular na LV, mediada pelos linfócitos T, podem apresentar um perfil de resistência (Th1), associado à ação protetora contra a infecção, através da síntese de citocinas como IFN-ɣ; TNF e IL-2, ou um perfil de susceptibilidade (Th2), com produção das citocinas IL-4, IL-10 e TGF-β, associado à multiplicação parasitária e a permanência da infecção. Na busca por alternativas de controle da LV Canina (LVC), proteínas recombinantes de Leishmania têm sido exploradas como candidatas ao desenvolvimento de vacinas e/ou imunomoduladores. O objetivo do estudo foi realizar uma cinética de tempo vs concentração para determinar as condições ótimas de cultivo da proteína Q5, a partir da avaliação in vitro da resposta imune celular em cães com LV, a fim de investigar posteriormente o seu potencial imunoprofilático e/ou imunoterapêutico. O projeto foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais/IAM (nº 76/2014). Inicialmente, foram realizadas coletas de sangue de três cães positivos para a LV (DPP + ELISA), no qual foi feito o processamento de separação das Células Mononucleares do Sangue Periférico (PBMC) para o cultivo celular. As células foram estimuladas com a Q5 nas concentrações de 2,5 e 5µg/mL, e também com o Antígeno Solúvel de L. infantum (ASL), a 10 e 25 µg/mL, nos tempos de 24, 48 e 72 horas. Posteriormente foi realizada a extração de RNA pelo método do TRIzol®, seguida da transcrição reversa para cDNA, a fim de avaliar a expressão gênica das citocinas IFN-ɣ, TNF (perfil Th1), IL-10 e TGF-β (perfil Th2) pelo método do Ct ( Cycle Threshold ) comparativo, por qPCR em tempo real. Os resultados foram comparados com os obtidos a partir do estímulo com o ASL, sendo observado que a resposta do perfil Th1 da Q5 foi inferior ao do ASL, exceto na concentração de 2,5µg/mL em 72 horas. Porém, foi observado que a concentração de 2,5µg/mL em 48 horas expressou um equilíbrio entre os perfis Th1 e Th2, com uma pequena supressão do perfil Th2, sendo assim escolhidas como condições ótimas de cultivo. Para conclusões sobre a capacidade imunogênica da proteína quimérica Q5, será realizada uma avaliação em grupos de estudo: cães sintomáticos, assintomáticos e negativos, a fim de concretizar o caráter imunogênico da Q5 e então direcionar os estudos em vacinologia para LVC.



Palavras-chaves:  leishmaniose visceral canina, Resposta Imune celular, Quimera