ALTA POR CURA DOS CASOS DE HANSENÍASE NO BRASIL EM 2017
VIVIANE KARLA NICÁCIO BEZERRA 1, THAIANE DO CARMO WANDERLEY1, JEANE SANTOS NICÁCIO BEZERRA1, ALDA RÉGIA SANTOS NICÁCIO 1, MONIKELLY CARMO DA SILVA1, DARCIELY CORREIA NUNES 1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas , 2. CEPROAL - Centro de Ensino Profissionalizante de Alagoas
VIVIANEKNB@GMAIL.COM

Causada pelo Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica, que acomete os nervos periféricos, de preferência os superficiais da pele. Afeta principalmente os nervos da face, pescoço, abaixo dos cotovelos e joelhos, mas pode afetar também os olhos e outros órgãos internos. É transmitida através das vias respiratórias a partir de um contato longo e prolongado com um doente não tratado. Os principais sinais e sintomas são manchas na pele com alteração se sensibilidade tátil, térmica e/ou dolorosa. Entretanto, outros sinais e sintomas podem surgir a depender do avanço da doença e dos nervos afetados. Algumas sequelas como mão caída, mãos e pés em garra, diminuição da acuidade visual, etc., podem acontecer. Por isso, é importante realizar a detecção e o diagnóstico precoce para evitar sequelas. Ao diagnosticar uma pessoa com hanseníase, seja ele paucibacilar ou multibacilar, a investigação dos contatos deve acontecer de maneira cautelosa. O intuito da investigação é realizar o diagnóstico precoce, quebrar a cadeia e transmissão e evitar possíveis sequelas de um diagnóstico tardio. A pesquisa se trata de um estudo descritivo transversal realizado através dos boletins epidemiológicos disponibilizados no portal do Ministério da Saúde. A pesquisa identificou que em 2017 houve um registro de 26.875 casos novos de hanseníase no Brasil, destes, 1.718 em menores de 15 anos. A taxa de cura foi de 81,2%. Se comparado com outros anos, tivemos uma queda nessa taxa. A taxa de 2017 registrou seu menor desempenho desde 2008 (81,3%). De 2008 a 2012 os índices subiram, chegando a 85,9% de cura em 2012. A partir de então, os números foram caindo, e em 2017 registramos o percentual mais baixo dos últimos 10 anos. É importante melhorar esse índice para que a cadeia de transmissão seja cada vez menor, podendo assim, melhorar a qualidade de vida da população. Sobre a detecção de casos novos, podemos considerar a existência de mais casos do que os já registrados. Isso se deve ao fato do bacilo de Hansen possuir alta infectividade, porém baixa patogenicidade. Por esta razão, percebemos a importância da investigação minuciosa dos casos de hanseníase e seus contatos.



Palavras-chaves:  hanseníase , características , epidemiologia