ALTA POR CURA DOS CASOS DE HANSENÍASE NO BRASIL EM 2017 |
Causada pelo Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa, crônica, que acomete os nervos periféricos, de preferência os superficiais da pele. Afeta principalmente os nervos da face, pescoço, abaixo dos cotovelos e joelhos, mas pode afetar também os olhos e outros órgãos internos. É transmitida através das vias respiratórias a partir de um contato longo e prolongado com um doente não tratado. Os principais sinais e sintomas são manchas na pele com alteração se sensibilidade tátil, térmica e/ou dolorosa. Entretanto, outros sinais e sintomas podem surgir a depender do avanço da doença e dos nervos afetados. Algumas sequelas como mão caída, mãos e pés em garra, diminuição da acuidade visual, etc., podem acontecer. Por isso, é importante realizar a detecção e o diagnóstico precoce para evitar sequelas. Ao diagnosticar uma pessoa com hanseníase, seja ele paucibacilar ou multibacilar, a investigação dos contatos deve acontecer de maneira cautelosa. O intuito da investigação é realizar o diagnóstico precoce, quebrar a cadeia e transmissão e evitar possíveis sequelas de um diagnóstico tardio. A pesquisa se trata de um estudo descritivo transversal realizado através dos boletins epidemiológicos disponibilizados no portal do Ministério da Saúde. A pesquisa identificou que em 2017 houve um registro de 26.875 casos novos de hanseníase no Brasil, destes, 1.718 em menores de 15 anos. A taxa de cura foi de 81,2%. Se comparado com outros anos, tivemos uma queda nessa taxa. A taxa de 2017 registrou seu menor desempenho desde 2008 (81,3%). De 2008 a 2012 os índices subiram, chegando a 85,9% de cura em 2012. A partir de então, os números foram caindo, e em 2017 registramos o percentual mais baixo dos últimos 10 anos. É importante melhorar esse índice para que a cadeia de transmissão seja cada vez menor, podendo assim, melhorar a qualidade de vida da população. Sobre a detecção de casos novos, podemos considerar a existência de mais casos do que os já registrados. Isso se deve ao fato do bacilo de Hansen possuir alta infectividade, porém baixa patogenicidade. Por esta razão, percebemos a importância da investigação minuciosa dos casos de hanseníase e seus contatos. |