INCIDÊNCIA DE ÓBITOS POR SÍFILIS CONGÊNITA EM ALAGOAS NO ANO DE 2017
VIVIANE KARLA NICÁCIO BEZERRA 1, THAIANE DO CARMO WANDERLEY1, ALDA RÉGIA SANTOS NICÁCIO 1, MONIKELLY CARMO DA SILVA 1, DARCIELY CORREIA NUNES 1, JEANE SANTOS NICÁCIO BEZERRA 1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas, 2. CEPROAL - Centro de Ensino Profissionalizante de Alagoas
VIVIANEKNB@GMAIL.COM

A sífilis constitui uma das infecções sexualmente transmissíveis mais recorrentes durante a gravidez, isso acarreta em problemas na gestação, principalmente para os bebês. A sífilis congênita é uma infecção bacteriana causada pelo Treponema pallidum, a transmissão ocorre via transplacentária através de mães infectadas não tratadas ou tratadas inadequadamente. É importante ressaltar que a sífilis pode ser transmitida para o bebê em qualquer período gestacional ou fase clínica da doença. Outras formas de contágio são através do canal de parto, se houver lesões genitais maternas, e no aleitamento ocorrerá apenas se houver lesão mamária por sífilis. A morte perinatal ocorre em 40% dos casos, podendo haver também aborto ou parto prematuro. Os sinais clínicos e laboratoriais envolvem hepatomegalia com ou sem esplenomegalia; lesões cutâneas; periostite, osteíte ou osteocondrite; pseudoparalisia dos membros; sofrimento respiratório; icterícia; anemia; convulsão; meningite; trombocitopenia; leucocitose; leucopenia; etc. Em caso de sífilis congênita tardia os sintomas podem incluir tíbia em “Lâmina de Sabre”, articulações de Clutton, fronte olímpica, nariz em sela, malformações dentais, surdez neurológica, dificuldade de aprendizado, entre outros. A importância do rastreamento de sífilis materna se dá pelo fato de que mais de 50% das crianças são assintomáticas ao nascimento. A pesquisa aborda um estudo descritivo transversal realizado através da busca de dados secundários na base nacional do SINAN, disponíveis através do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no ano de 2017. A pesquisa identificou que houveram 360 casos novos de sífilis congênita em Alagoas no ano de 2017. No total foram registrados10 óbitos, sendo 8 pelo agravo notificado e 2 por outra causa. Devido a incompletude das fichas de notificação, 12 crianças têm evolução ignorada e 338 evoluíram vivos. Sendo a sífilis uma doença que possui cura e tratamento, é importante estar sempre reforçando as atividades de educação em saúde para a população sexualmente ativa, tanto homens quanto mulheres. A conscientização sobre o que é a sífilis e o que ela pode causar, a importância da prática do sexo seguro e também da realização correta do pré-natal. E, para evitar os casos de sífilis congênita é essencial o tratamento imediato e correto, não só da gestante como de seu parceiro.



Palavras-chaves:  sífilis congênita , óbitos , epidemiologia