REGISTRO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM HOSPITAL DE EMERGÊNCIA DO AGRESTE ALAGOANO em 2017 |
No Brasil, o maior número de casos de acidentes por animais peçonhentos encontra-se nas regiões sudeste e sul, enquanto as regiões norte e nordeste encontram-se com os menores números. Porém, pode haver uma subnotificação dessas áreas, levando-se em consideração a má qualidade e escassez dos serviços de saúde. A ocorrência dos acidentes está associada ao aumento da atividade humana em trabalhos relacionados ao campo e tem influência dos climas tropicais e subtropicais. Mesmo sendo um agravo que pode causar a morte ou deixar sequelas irreversíveis, trata-se de um assunto pouco abordado nos cursos de graduação, necessitando ser rediscutido durante a vida profissional. Em detrimento observamos os danos causados a saúde pública, em morbidade e mortalidade, causados por esses agravos. Trata-se de um estudo descritivo transversal que visa expor em números a quantidade de atendimentos no Hospital de Emergência do Agreste no ano de 2017. Para essa abordagem foi realizado um levantamento de dados secundários a partir do núcleo de epidemiologia do referido hospital. Ao analisar os dados obtidos sobre o ano de 2017, o Hospital de Emergência do Agreste registrou 1909 atendimentos de acidentes por animais peçonhentos, destes, 13 internamentos e nenhum óbito. Vale ressaltar que, do total de atendimentos, 1419 casos corresponderam a picada de escorpião, que totalizou 4 internamentos. Isso significa que aproximadamente 75% dos atendimentos e 31% dos internamentos são por picada de escorpião. A pesquisa apresenta apenas os casos que foram atendidos no Hospital de Emergência, que é referência de atendimento ao trauma do agreste alagoano, portanto, entendemos que podem haver mais casos que não chegaram a ser atendidos no hospital e não passaram em seus registros, evidenciando assim, a subnotificação. A partir dos números expostos, fica clara a necessidade de intervenção sobre esses agravos. A vigilância epidemiológica juntamente com as autoridades de saúde pública deve traçar estratégias para minimizar esses acidentes, a nível de educação da população e também do controle de animais peçonhentos na região, visando principalmente minimizar os casos de picada de escorpião, pois este demonstrou uma significativa contribuição no número desses agravos. |