REGISTRO DE ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM HOSPITAL DE EMERGÊNCIA DO AGRESTE ALAGOANO em 2017
VIVIANE KARLA NICÁCIO BEZERRA 1, ALDA RÉGIA SANTOS NICÁCIO1, THAIANE DO CARMO WANDERLEY1, MONIKELLY CARMO DA SILVA 1, RIRISLÂYNE BARBOSA DA SILVA 1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
VIVIANEKNB@GMAIL.COM

No Brasil, o maior número de casos de acidentes por animais peçonhentos encontra-se nas regiões sudeste e sul, enquanto as regiões norte e nordeste encontram-se com os menores números. Porém, pode haver uma subnotificação dessas áreas, levando-se em consideração a má qualidade e escassez dos serviços de saúde. A ocorrência dos acidentes está associada ao aumento da atividade humana em trabalhos relacionados ao campo e tem influência dos climas tropicais e subtropicais. Mesmo sendo um agravo que pode causar a morte ou deixar sequelas irreversíveis, trata-se de um assunto pouco abordado nos cursos de graduação, necessitando ser rediscutido durante a vida profissional. Em detrimento observamos os danos causados a saúde pública, em morbidade e mortalidade, causados por esses agravos. Trata-se de um estudo descritivo transversal que visa expor em números a quantidade de atendimentos no Hospital de Emergência do Agreste no ano de 2017. Para essa abordagem foi realizado um levantamento de dados secundários a partir do núcleo de epidemiologia do referido hospital. Ao analisar os dados obtidos sobre o ano de 2017, o Hospital de Emergência do Agreste registrou 1909 atendimentos de acidentes por animais peçonhentos, destes, 13 internamentos e nenhum óbito. Vale ressaltar que, do total de atendimentos, 1419 casos corresponderam a picada de escorpião, que totalizou 4 internamentos. Isso significa que aproximadamente 75% dos atendimentos e 31% dos internamentos são por picada de escorpião. A pesquisa apresenta apenas os casos que foram atendidos no Hospital de Emergência, que é referência de atendimento ao trauma do agreste alagoano, portanto, entendemos que podem haver mais casos que não chegaram a ser atendidos no hospital e não passaram em seus registros, evidenciando assim, a subnotificação. A partir dos números expostos, fica clara a necessidade de intervenção sobre esses agravos. A vigilância epidemiológica juntamente com as autoridades de saúde pública deve traçar estratégias para minimizar esses acidentes, a nível de educação da população e também do controle de animais peçonhentos na região, visando principalmente minimizar os casos de picada de escorpião, pois este demonstrou uma significativa contribuição no número desses agravos.  



Palavras-chaves:  acidentes, animais peçonhentos , epidemiologia , vigilância em saúde