MORTALIDADE POR AIDS: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS ANOS DE 2000 E 2015
ÉDIJA ANÁLIA RODRIGUES DE LIMA1, LEIDYANNY BARBOSA DE MEDEIROS1, IVONEIDE LUCENA PEREIRA1, RENATA OLÍVIA GADELHA ROMERO1, PATRÍCIA DA SILVA ARAÚJO1, ANA CRISTINA DE OLIVEIRA E SILVA1, SANDRA APARECIDA DE ALMEIDA1, JORDANA DE ALMEIDA NOGUEIRA1
1. UFPB - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
edijaprof@hotmail.com

 

A mortalidade por aids no Brasil é um relevante problema de saúde pública que atinge diferentes segmentos da sociedade. Desde o surgimento da doença são evidentes os esforços para o enfrentamento da epidemia, cuja participação é crescente entre as principais causas de morte. O objetivo deste estudo é comparar a mortalidade por aids entre os anos de 2000 e 2015 no Brasil, Nordeste e Paraíba. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados correspondendo a taxa de mortalidade por aids no Brasil, da região Nordeste e na Paraíba nos anos de 2000 e 2015, a partir dos dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. O indicador de mortalidade foi calculado considerando os óbitos por aids dividido pelo número de habitantes no período, considerando como base populacional 100 mil habitantes. Em 2015, no Brasil, a taxa de mortalidade por aids foi maior na Região Sul, 8,69 óbitos/100 mil hab., seguidos da região Norte (6,72), Sudeste (6,34), Centro-Oeste e Nordeste (5,38 e 4,74 respectivamente). Na região Nordeste, a mortalidade aumentou de 2,45 para 4,74 óbitos/100 mil hab. Em 2000, a taxa de mortalidade do estado do Maranhão era de 1,68 óbitos/100 mil hab., a Paraíba apresentava taxa de 1,47 e o Pernambuco com o maior coeficiente de 4,44. No ano de 2015 essas taxas apontaram um aumento considerável no número de óbitos relacionados ao HIV/Aids, o Maranhão, Paraíba e Pernambuco apresentaram 6,42, 4,05 e 6,67, respectivamente. Quanto ao estado da Paraíba das 16 CIR (Comissões Intergestores Regionais), observou-se que em 2015 o maior índice se apresentou na 1ª CIR, seguida da 16ª, enquanto que no mesmo período apenas a 7ª CIR não apresentou óbito relacionado a aids. Observa-se que o aumento da taxa de mortalidade foi expressivo nos últimos 15 anos, com maiores taxas na 1ª e 16ª regiões de saúde, que contemplam a capital João Pessoa e Campina Grande. Observou-se que apesar dos avanços no diagnóstico e na terapia direcionados ao HIV/Aids é necessário o acompanhamento da taxa de mortalidade relacionada a esse agravo para avaliar a eficácia das políticas públicas de saúde em resposta a essa epidemia, visto que as metas globais objetivam o seu fim até o ano de 2030. Sugere-se ampliar as políticas públicas e campanhas de promoção e prevenção para HIV/Aids, garantindo um processo de cuidado de qualidade, com acesso aos serviços e tratamentos.



Palavras-chaves:  Doenças transmissíveis, Epidemiologia, HIV, Mortalidade, Síndrome da imunodeficiência adquirida