Coqueluche: Perfil Epidemiológico dos Casos no Estado da Bahia.
HEROS AURELIANO ANTUNES DA SILVA MAIA1, FILIPE MOTA FREITAS 1, ANA CAROLINA SILVA ASSUNÇÃO 1, DEIVAM SÃO LEÃO LEITE1, DYALLE COSTA E SILVA 1, GRAÇAS DE MARIA DIAS REIS 1, ILANE MOREIRA FIGUEREDO 1, JOÃO MÁRIO AGUIAR ABRANTES DOURADO 1, JOICE DA SILVA SANTOS 1, MARIZE FONSECA DE OLIVEIRA 1, PRISCILA SOARES GARCIA 1, VICTOR XAVIER DA SILVA 1
1. UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana, Curso de Medicina.
LIPEMOTAF@GMAIL.COM

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade e morbimortalidade infantil. Seu agente etiológico é o bacilo Bordetella pertussis . Ela compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por paroxismos de tosse seca. A transmissão ocorre principalmente por gotículas de secreção de orofaringe eliminadas pela tosse, espirro ou fala. Objetivou-se descrever o perfil epidemiológico dos casos confirmados de coqueluche no estado da Bahia, no período de 2007 a 2017. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, de abordagem quantitativa, cuja fonte de dados é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde. Os dados foram tabulados em gráficos e tabelas através do Microsoft Excel 2010. Foram notificados 1.568 casos no período. Detectou-se aumento do número de casos de 2006 até o pico de notificação em 2014, que registrou 39,5% das notificações, seguido de queda nas notificações. Os municípios de maior ocorrência foram Feira de Santana (29,3%) e Salvador (23,4%). Do total de casos, 58% ocorreram no sexo feminino, 57,7% na raça/cor parda, 82,8% em zona urbana e 51,8% na faixa etária de menor que 1 ano de idade. Dos casos que ocorreram em menores de 1 ano de idade, 80,4% eram menores que 1 mês de idade. O critério de confirmação foi laboratorial em 29,3% dos casos. A evolução para cura correspondeu a 92,5%, óbito 1,1% e a evolução foi ignorada em 5,8%. Do total de casos que evoluíram para óbito, 94,1% ocorreram em menores que 1 ano de idade. A coqueluche ainda é frequente no estado da Bahia, com mais da metade dos casos ocorrendo nas duas cidades mais populosas do estado. O aumento do número de casos entre 2007 e 2014 pode estar relacionado a deficiências na cobertura vacinal. Embora a taxa de cura seja alta no estado, a coqueluche apresentou maior letalidade em lactentes, o que está em conformidade com a literatura.  Há a necessidade de se reforçar as ações de saúde principalmente nesta faixa etária; como a vacinação (3 doses de Pentavalente + 2 reforços de Tríplice Bacteriana); além da educação continuada de profissionais de saúde sobre este agravo e  completa notificação dos casos.



Palavras-chaves:  Coqueluche, Epidemiologia, Saúde Pública