EPIDEMIOLOGIA DO ZIKA VÍRUS EM PACIENTES ATENDIDOS PELA 15ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ, BRASIL
LAISE NAYANA SALA ELPIDIO ¹, AMARILIS GIARETTA DE MORAES¹, HUGO VICENTIN ALVES¹, LOURDES THOME¹, GREICY CEZAR DO AMARAL¹, ANA MARIA SELL¹, JEANE ELIETE LAGUILA VISENTAINER¹
1. PBF - Programa de Pós-graduação em Biociências e Fisiopatologia da Universidade Estadual de Maringá, 2. SMM - Secretaria Municipal de Saúde de Maringá, 3. 15º RS/PR - 15º Regional de Saúde do Estado do Paraná, 4. LIG-UEM - Laboratório de Imunogenética, Universidade Estadual de Maringá
laise_nayana@hotmail.com

O vírus Zika (ZIKV) é transmitido principalmente pelo mosquito Aedes aegypti .  Em 2016, foram confirmados 130.701 casos de ZIKV no Brasil. Já em 2017, foram registrados 17.594 casos prováveis e 1 óbito pelo ZIKV. Neste sentido, estudos epidemiológicos são de suma importância, pois através destes podemos compreender a dinâmica da infecção, dado que o mesmo está relacionado ao desenvolvimento de doenças, como microcefalia e síndrome de Guillain-Barré. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo epidemiológico descritivo de dados do ZIKV fornecidos pela 15ª Regional de Saúde (RS). A pesquisa foi realizada de acordo com o COPEP da Universidade Estadual de Maringá (Nº 2.364.256). Participaram da pesquisa, pacientes com ZIKV diagnosticados por exame laboratorial. Os participantes eram residentes e/ou atendidos pela 15ª RS, que abrange 30 municípios do Paraná. As informações dos pacientes foram obtidas por dados fornecidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre Janeiro de 2015 e Maio de 2017. As frequências dos dados foram realizadas por contagem direta. Foram confirmados 351 casos de ZIKV, dado que 7 (2%) dos casos foram relatados em 2015. No entanto, o auge da infecção se deu em fevereiro de 2016 com 174 (49,6%) casos.  Cerca de 38 (11%) dos casos de infecção foram observados em pacientes na cidade de Curitiba, 54 (15%) foram registrados para as cidades de Maringá e Colorado. Do total de participantes, 229 (65%) foram do sexo feminino, 122 (35%) foram do sexo masculino.  A média de idade foi de 38 (±17) anos, dado que 34 (10%) foram menores de idade (< 18 anos) e 38 (11%) foram gestantes. No tocante à raça, 280 (80%) autodeclararam a raça branca e, quanto ao grau de escolaridade, 71 (20%) informaram ter ensino médio completo. Ademais, vale salientar que 231 (66%) dos casos foram autóctones e 111 (32%) foram casos importados. A maioria dos pacientes residiam em zona urbana e 336 (96%) dos casos evoluíram para a cura, sem histórico de microcefalia ou Síndrome de Guillain-Barré. Estados do Nordeste brasileiro possuem menores condições sanitárias se comparados com o Paraná. Isso pode implicar em condições propícias para o desenvolvimento do transmissor de ZIKV, com mais casos observados nestas regiões. Assim, este trabalho apresentou informações relevantes sobre os pacientes com ZIKV e evidencia a necessidade de atenção governamental e pública para o estado, na tentativa de erradicar a infecção pelo ZIKV.