AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE A DOENÇA DE CHAGAS NO MUNICÍPIO DE CONTAGEM, MINAS GERAIS, NO ANO DE 2018: RELATO DE EXPERIÊNCIA
SCARLETH SILVA COSTA 1,2, WILIAM CÉSAR BENTO RÉGIS 1,2
1. PUC MINAS - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2. PET BIOLOGIA - Programa de Educação Tutorial - MEC/SESu
scarlethsilvacosta@gmail.com

A Doença de Chagas é a infecção parasitária de maior mortalidade na América Latina. Embora a transmissão vetorial esteja controlada, outros meios vêm mantendo a parasitose. O estudo objetivou avaliar o conhecimento prévio de 134 alunos do ensino médio da Fundação de Ensino de Contagem a respeito da DC. Houve aplicação de um questionário aos estudantes a fim de compreender a percepção que possuíam sobre os riscos ambientais da doença. Com base nas respostas, foi desenvolvida a proposta educativa, e reaplicado o questionário. Antes a intervenção educacional 90% dos alunos já tinha ouvido falar da doença, entretanto não conheciam a fundo sobre as suas relações na saúde. É relevante conhecer quais as formas de transmissão, assim como a ecologia do vetor, para desenvolver ações e medidas preventivas adequadas. Em relação ao conhecimento das formas de difusão, 34% afirmavam ser pelo vetor e via oral, 18% vetor e contaminação da água, 28% vetor e falta de higiene e 20% vetor e carne mal passada. Sobre o vetor, 7% acreditavam ser mosquito, 5% carrapato e 88% barbeiro. Quando questionado a espécie deste, 73% responderam T.cruzi , 2% A.aegypti , 25% T.infestans . O agente causador acomete órgãos importantes na fase crônica, quando questionado aos alunos sobre o responsável pela infecção, 17% marcaram bactéria, 65% protozoário, 13% vírus e 5% fungo. Quanto ao órgão 13% marcaram baço, 28% fígado, 49% coração, 4% pulmão e 6% cérebro. Dos participantes, 52% acreditam que a forma de prevenção mais adequada seja o uso de telas, entretanto, o restante aponta ser necessário evitar o acúmulo de matéria orgânica (42%) e água parada (6%). As regiões assinaladas com maior incidência foram, respectivamente, nordeste (57%), norte (26%), centro-oeste (8%) e sul (9%). A associação da possibilidade de tratamento à fase da DC foi determinada como sendo 29% na fase aguda, 9% crônica e 34% nas duas fases, contudo, 28% afirmaram não ter tratamento. Dado os resultados obtidos por meio da metodologia empregada, foi possível perceber a eficiência da proposta educativa, uma vez que o percentual médio de pessoas que acertaram as questões inicialmente é de 46% e após a repetição do questionário é de 92%. Percebe-se que existe uma dificuldade da população em diferenciar os fatores ligados à doença. Com isso é importante ter uma contínua educação para garantir o controle da DC. Levando informações ligadas à doenças negligenciadas, proporcionando uma sociedade ecologicamente mais equilibrada.



Palavras-chaves:  Doenças negligenciadas, Educação em saúde, Saúde pública