TESTE LARVICIDA COM ÁGUA FLORADA DE MYRCIA TOMENTOSA CONTRA AEDES AEGYPTI
SCARLETH SILVA COSTA1,2, LIVÍA MARIA DE ABREU MANOEL 1,2, PALOMA FREITAS ARAÚJO1,2, ALZIRA BATISTA CECÍLIO1,2
1. PUC MINAS - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2. PET BIOLOGIA - Programa de Educação Tutorial - MEC/SESu
scarlethsilvacosta@gmail.com

Com grandes surtos de doenças virais que podem ser transmitidas pela picada do vetor Aedes aegypti, faz-se essencial o domínio das populações da espécie. A Myrcia tomentosa é uma planta da família Myrtaceae, amplamente encontrada no bioma Cerrado, que possui compostos ativos ainda pouco estudados. Com isso, o presente estudo avaliou o potencial de eficiência larvicida da planta em relação ao mosquito. A água florada foi extraída das partes aéreas da planta a partir do equipamento de Clevenger. Posteriormente, avaliou-se em dois ambientes, in situ e ex situ . Foram distribuídas ao total 100 larvas em 8 recipientes, cada um contendo 10 larvas. Em cada tubo continha diferentes concentrações da água florada, além de um tubo controle em cada ambiente, que foi adicionado somente água. As análises foram feitas no período de 24h e 48h. Foi possível certificar que a água florada da espécie M. tomentosa possui em seus compostos bioativos, substâncias com potência larvicida, para a espécie A. aegypti . Foi admissível que a eficácia da água florada é maior quando permanece em sua concentração pura, exterminando todas as larvas em apenas 24h. Nas amostras que apresentavam diluição com água foi demonstrando que quanto maior a concentração da água florada, maior a vigência na ação larvicida, identificando a morte de todas as larvas em 24h. Houve uma diferença significativa no extermínio das larvas do meio interno e externo dos tubos que apresentavam uma concentração de 20% do óleo no período de 48h. O ambiente ex situ obteve um número máximo de larvas mortas no recipiente, enquanto no ambiente in situ somente metade das larvas foram afetadas pelos compostos bioativos da planta. O ocorrido pode ter sido provavelmente, concedido pelo fato das mudanças inerentes que o meio externo apresenta, assim alterando os compostos, perdendo as suas substâncias voláteis para o meio ambiente, afetando o resultado da amostra e diminuindo sua eficácia sobre as larvas. Fica evidente a necessidade de avaliar novas tecnologias e estratégias de prevenção, uma vez que o A.  aegypti apresenta grande adaptação ao meio urbano, completando seu ciclo rapidamente. Existe uma variedade de substâncias presentes na flora que podem contribuir de forma exacerbada para o controle de insetos. Sendo assim os ensaios de atividade biológica são de grande importância na triagem de estudos, já que apresentam meios alternativos para o controle de vetores.



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, Bioinseticida, Controle vetorial