OS EFEITOS DO LIGHT EMITHING DIODES (LED) EM GRAM POSITIVOS E GRAM NEGATIVOS |
Introdução: Um recurso fototerápico comumente utilizado no tratamento de lesões dermatológicas é o Light Emithing Diodes (LED), um diodo emissor de luz, capaz de produzir uma potência de irradiação absolutamente segura, com pouco consumo de energia, vida útil longa, baixa intensidade e boa potência. Estudos tem demonstrado sua eficácia no tratamento de infecções de pele, entretanto seus efeitos antibacterianos in vitro em gram negativos e gram positivos ainda são pouco explorados na literatura. Objetivo: revisão integrativa da literatura através da seguinte pergunta norteadora: quais contribuições práticas a literatura científica atual tem a oferecer acerca do potencial antibacteriano do LED para gram positivos e gram negativos? Metodologia: A busca foi realizada no período de 2002 a 2018 nas seguintes bases de dados online : IBECS, SciELO e PuMed. Foram utilizados os descritores: “bactérias gram-positivas” (DeCS); “bactérias gram-negativas” (DeCS); “antibacteriano” (DeCS); e “LED” (palavra-chave). Resultados: A literatura sublinha que a cor azul (430 a 485nm) emitida pelo LED possui ação bactericida, através do estresse oxidativo. Alguns estudos já comprovaram sua eficácia em bactérias gram-positivas do gênero Propionibacterium. O espectro de luz vermelho (630nm) ao infravermelho próximo (880nm) estimula cascata de sinalização celular, gerando alterações na homeostase, na produção de ATP, modulação da síntese de DNA e RNA, modificações na permeabilidade da membrana, alcalinização dos citoplasmas e despolarização de membranas celulares. Este espectro, aparentemente, tem efeito cicatrizante, mas suas propriedades bactericidas são questionáveis. Alguns estudos ainda inferem que, in vitro , o potencial bactericida do LED em colônias de Staphylococcus aureu s e Escherichia coli são questionáveis. Considerações Finais: Aparentemente, o efeito antibacteriano do LED delimita-se ao uso do espectro de luz azul mais proeminente em gram positivos, sendo o vermelho mais efetivo no processo de cicatrização de lesões. Entretanto, ainda são necessários estudos in vitro com amostragens maiores e in vivo , posteriormente, para determinar o alcance do sucesso terapêutico desta técnica. |