COMPROMETIMENTO NEUROLÓGICO E PSIQUIÁTRICO NA CHIKUNGUNYA |
Introdução: Segundo último boletim epidemiológico lançado pelo Ministério da saúde brasileiro, em 2017, até a semana epidemiológica 25, foi registrado 131.749 casos prováveis de Chikungunya (CHIKV) no país e uma taxa de incidência de 63,9 casos/100 mil hab.; destes, 66.576 (50,5%) foram confirmados. Embora, ainda tenhamos índices alarmantes no Brasil todo, as manifestações psiquiátricas e neurológicas, tidas como mais graves ainda estão sendo mapeadas na literatura. Objetivo: revisão sistemática da literatura através da seguinte pergunta norteadora: quais as principais manifestações neurológicas e psiquiátricas da Chikungunya estão mapeadas na literatura especializada? Metodologia: A busca foi realizada no período de 2015 a 2018 nas seguintes bases de dados online : SciELO e PuMed. Foram utilizados os descritores: “chikungunya” (DeCS); “manifestações neurológicas” (DeCS); e “manifestações psiquiátricas” (DeCS). Resultados: a literatura determina que embora raros, as manifestações mais comumente associadas à CHIKV são meningoencefalite, meningoencefalo-mielorradiculite, mielorradiculite, mielite, mielite transversa, meningite, mieloneuropatia, síndrome de Guillain-Barré, paralisia periférica múltipla e paralisia facial periférica . Entretanto, alguns estudos realizados na região da Indochina não detectaram manifestações neurológicas nos pacientes. Depressão, ansiedade, irritabilidade e disforia são apontados como manifestações raras, ma comuns nas fases de infecção subaguda tardia. Fadiga e anedonia na fase tardia. Considerações Finais: a despeito dos avanços no diagnóstico e tratamento da CHIKV, ainda é dificíl prever quais pacientes irão desenvolver sequelas graves da doença (neurológicas e psiquiátricas), inferindo-se uma necessidade real de se repensar protocolos e investigar marcadores clínicos que possam auxiliar na detecção e intervenção precoce. |