SUSCEPTIBILIDADE DE Rhodnius robustus A INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR LINHAGENS AMAZÔNICAS DE Trypanosoma cruzi
ADEMIR BENTES VIEIRA JUNIOR1, LUCAS SILVA FERREIRA1, EMILY DE SOUSA MOURA1, SUSAN SMITH DORIA 1, RUBENS CELSO ANDRADE DA SILVA JUNIOR1, DEBORA R. TEIXEIRA DE SOUSA1, KENNY RODRIGUES DE SOUSA1, JESSICA VANINA ORTIZ1, ARINEIA SOARES DA SILVA1, NELSON FERREIRA FÉ1, EVELYN BEATRIZ DA COSTA VAZ1, JORGE AUGUSTO DE OLIVEIRA GUERRA 1, MARIA DAS GRAÇAS VALE BARBOSA GUERRA1
1. UNINORTE - Centro Universitário do Norte, 2. PPGMT-UEA - Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade do Estado do Amazonas, 3. FMT-HVD - Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Dr Heitor Vieira Dourado, 4. UFAM - Universidade Federal do Amazonas
susan.qbp@gmail.com

Trypanosoma cruzi agente etiológico da infecção chagásica, é um parasito eclético, cujo ciclo de vida se desenvolve em diferentes hospedeiros, caracterizando-o, dependendo do local de ocorrência, como um parasito geneticamente, diverso. Atualmente é descrito em seis unidades de tipagem distintas - DTU’s do T. cruzi I-VI (TcI – TcVI). Na Amazônia a linhagem TcI está presente no ciclo silvestre da doença e vem ocorrendo em infecções humanas agudas ou crônicas, enquanto a linhagem TcIV vem registrada em casos de doença aguda, provenientes de surtos com transmissão por via oral, sendo raramente encontrada em vetores. A espécie Rhodnius robustus esta amplamente distribuída na região e tem sido esporadicamente encontrada no intradomicilio, seu habitat preferencial são as palmeiras e tem sido referida como um importante vetor no ciclo silvestre do T. cruzi na Amazônia. Dessa forma o estudo objetivou-se por avaliar a susceptibilidade de Rhodinius robustus frente às linhagens de Trypanosoma cruzi (TcI e TcIV). No estudo submeteram-se dois grupos com 20 ninfas de 4º estádio, à infecção experimental por membrana, com as linhagens T. cruzi (TcI e TcIV). Após a alimentação foram feitas leituras a partir do quinto dia pós-infecção (d.p.i.) e as demais leituras foram realizadas a cada dois d.p.i.; para cada leitura foram utilizadas duas ninfas de cada grupo onde em ambas eram analisadas as excretas e o conteúdo intestinal (CI) para a identificação do parasito, a fim de determinar a susceptibilidade à infecção. Como resultado das análises com relação às infecções com TcI registrou-se positividade em 60% das leituras nas excretas e 90% do conteúdo intestinal (CI), enquanto TcIV positivou em 45% das excretas e 80% do (CI). Conclui-se através desse estudo que a espécie R. robustus se mostrou susceptível as linhagens TcI e TcIV, com uma maior predominância da linhagem TcI, contribuindo assim para a compreensão da interação dessas linhagens com os insetos vetores do ciclo silvestre da Amazônia.



Palavras-chaves:  Infecção experimental, Ninfas, Triatomineos