PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA DE 2012 A 2017 NA CIDADE DE CASTANHAL – PA
BRUNA MANUELA SILVA CAVALCANTE 1, JOÃO VICTOR SILVA COUTINHO 1, FELIPE ARIAN DE ANDRADE ARAÚJO1, JOSÉ JEFERSON OLIVEIRA COUTINHO 1
1. ESTÁCIO-FCAT - Estácio Castanhal , 2. UFPA - Universidade Federal do Pará, 3. MUSEU EMÍLIO GOELDI - Museu Paraense Emílio Goeldi
b_manuela@hotmail.com

Desde os primeiros casos de contaminações pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), os métodos de diagnóstico e tratamento tem evoluído ao longo do tempo. Entretanto, em alguns locais a doença ainda possui altos índices de contaminação entre variados grupos.  O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) em um município do Nordeste Paraense. Utilizamos o método de estudo descritivo-retrospectivo através de uma abordagem quantitativa para obtenção dos dados. Recolhemos informações nos arquivos da Secretaria de Saúde de Castanhal registrados ao longo de 6 anos (2012-2017). Verificamos o número de casos, sexo, idade, escolaridade e evolução dos diagnosticados. Mortalidade por outras causas não foram consideradas. Ao total, ocorreram 366 casos, sendo 226 homens e 139 mulheres, representando 0.1% em uma população de 195.253 habitantes. Além disso, houve um crescimento de 172,7% no número de casos ao longo do período investigado. A faixa etária dos pacientes abrangeu entre 14 à 78 anos, sendo o grupo com idades entre 20 à 29 anos (130 casos) compreendeu 35,5% dos casos; e indivíduos entre 30 a 39 anos (112 casos) compuseram 30.6%; as demais idades (124 casos) comportaram 33,9% do total.  A maior incidência da doença ocorreu em pacientes com escolaridade básica incompleta (44%), enquanto 5,7% possuíam ensino fundamental completo. Padrão inverso foi observado em pacientes que possuíam ensino médio (22,6%) e superior completo (7,1%). Enquanto 11,2% não possuíam ensino médio completo e 4,1% não tinham nível superior, 4% dos pacientes não informaram escolaridade. A evolução dos pacientes foi bastante significativa em resposta ao tratamento disponível, uma vez que 99,5% (364 pacientes) estão vivos, no período foram registrados apenas 2 óbitos (0,5%). Desta forma, podemos destacar que que portadores de AIDS na cidade possuem uma taxa satisfatória de sobrevivência. Entretanto, destaca-se que os jovens e adultos são os grupos que possuem maior incidência da doença, similar a tendência atual de contaminação.  Assim, é necessário investigar as causas da evolução de portadores de HIV para este quadro clinico, se há acompanhamento médico adequado e fornecimento continuo de medicamentos retrovirais pelos órgãos púbicos.



Palavras-chaves:  Banco de dados, Infecção, Saúde Pública, SIDA