PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS DE 2013 A 2017 NA CIDADE DE CASTANHAL – PA
BRUNA MANUELA SILVA CAVALCANTE 1, ROSSELA DAMASCENO CALDEIRA1, FABRÍCIO DA SILVA RODRIGUES1, IVAN MATHEUS LIMA DA ROCHA1
1. ESTÁCIO-FCAT - Estácio Castanhal , 2. UFPA - Universidade Federal do Pará
b_manuela@hotmail.com

Acidentes por animais peçonhentos estão incluídos na lista das doenças tropicais negligenciadas, que afetam na maioria dos casos, populações pobres e pertencente à zona rural. Entender o perfil epidemiológico relacionado a acidentes com animais peçonhentos, é importante, pois, estes representam um dos agravos mais notificados. O presente trabalho teve como objetivo apresentar um estudo do perfil epidemiológico das vítimas de acidentes por animais peçonhentos ocorridos na cidade de Castanhal – PA, no período de 2013 a 2017. Os dados coletados para análise foram retirados das fichas do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) arquivadas na Coordenadoria de Vigilância em Saúde do município. Foram notificados neste período 372 casos, com maior incidência no ano de 2014, equivalente a 27% (99), seguido por 25% (93) em 2013, e 21% (80) no ano de 2015; os demais casos (27%) foram notificados entre os anos 2016 e 2017. Dentre os casos notificados, os que se destacaram foram os acidentes acometidos por serpentes, com 58% (217), seguido por escorpiões com 26% (96) e aranhas com 7% (27) dos casos, os 9% restantes referem-se a acidentes com abelhas e lagartas. A maior frequência foi em pessoas do sexo masculino, com 69% dos casos (257) e 31% do sexo feminino (115), e a faixa etária acometida foi de 27 a 35 anos de idade. A maior ocorrência dos casos foi na zona urbana com 87% e os 13% é referente à zona rural. Das partes do corpo acometidas os membros inferiores (pés) apresentaram 39% (143) e superiores (dedos das mãos) com 16% (60). Levando em conta os dados analisados, os casos seguem o perfil nacional, atingindo em sua maioria o sexo masculino, em idade economicamente ativa e que são atingidos com maior frequência nos membros inferiores. As mãos e os pés são as regiões mais vulneráveis e foram os locais com maior incidência de picada. A predominância de casos na zona urbana, indica a crescente urbanização, demonstrando que o homem invade cada vez mais o espaço dos animais. Conclui-se que, além da relevância epidemiológica e médica, esses acidentes envolvem questões sociais e econômicas que merecem melhor visibilidade, auxiliando em medidas de controle e prevenção dessas ocorrências.



Palavras-chaves:  Peçonhentos, Perfil epidemiológico, Serpentes