ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA FUSARIOSE ALIADA À DIVERSIDADE GENÉTICA E AO PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE
PRISCILA DALLÉ DA ROSA1,2, MARIANA DE LIRA NUNES 1,2, RAFAEL BORGES1,2, EDSON BARBOSA DE SOUZA1,2, MARIANA FAJARDO CORREIA LANDIM1,2, LUCIANO ZUBARAN GOLDANI1,2, MARIA ROSA DE LIRA NUNES1,2, ALDENIZE PIMENTEL DE SOUZA1,2, ALINE VASCONCELOS FERNANDES1,2, ÍCARO PEDRO DO NASCIMENTO1,2, NICÁCIO DE OLIVEIRA FREITAS1,2
1. UFRGS - Unidade de Doenças Infecciosas, Hospital das Clínicas de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2. UFRGS - Programa de pós-graduação em Ciências Médicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 3. UNINASSAU - Centro Universitário de Nassau, 4. HC UFPE - Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Pernambuco, 5. HULW - Hospital Universitário Lauro Wanderley, 6. SEE - Secretaria de Educação de Pernambuco, 7. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
mariananunes52@gmail.com

Fusariose é uma micose causada por um fungo filamentoso hialino cosmopolita que acomete tanto pacientes imunocompetentes, quanto pacientes imunodeprimidos. Atualmente existe uma preocupação em estabelecer o perfil molecular e a relação filogenética das espécies de Fusarium spp., bem como o perfil dos paciente acometidos, a fim de esclarecer a epidemiologia local da doença. Objetivo deste trabalho foi determinar a epidemiologia molecular e o perfil de susceptibilidade de 66 isolados de Fusarium spp. A metodologia utilizada para identificação foi através do sequenciamento dos genes: ITS, EF1-α e RPB2. O teste de sensibilidade frente aos antifúngicos foi realizado conforme o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) M38/A2. Em resumo, o complexo que predominou nas três tipos de Fusariose foi o complexo Fusarium solani (FSSC), seguido pelo complexo Fusarium oxysporum FOSC. A espécie mais prevalente foi Fusarium solani (FS) para CF (Ceratite Fúngica) e FI. Enquanto, em onicomicose foi Fusarium keratoplasticum . O perfil de susceptibilidade do FS foi semelhante nos três tipos de Fusariose para anfotericina-B (1-16 µg/ml). No entanto, os isolados de onicomicose e ceratite foram mais resistentes ao voriconazol. As medicações mais utilizadas para tratar os casos de onicomicose por Fusarium não são efetivas, verificou resistência in vitro, com os valores de concentração inibitória mínima (CIM) > 64 µg/ml para fluconazol, itraconazol, e terbinafina. A medicação mais apropriada para tratar CF foi natamicina, bem como a sensibilidade apresentada no teste de suscetibilidade. Na FI, o voriconazol ou a combinação dele com anfotericina-B foi mais favorável na sobrevida dos pacientes. Corroborando com os menores valores de CIM no teste de susceptibilidade in vitro. Esse tipo de pesquisa é fundamental para o conhecimento epidemiológico local da doença, assim como a caracterização do perfil de sensibilidade desse fungo, dessa maneira foram definidas as espécies mais prevalentes, a sensibilidade aos antifúngicos e o grupo de risco dos pacientes.



Palavras-chaves:  Complexo Fusarium, Epidemiologia Molecular, Fusariose