ABUNDÂNCIA DOS VETORES DE Leishmania Viannia amazonensis E SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRECIPITAÇÃO NO MUNICÍPIO DE MANAUS, AMAZONAS, BRASIL.
ARINEIA SOARES DA SILVA 1, ERICA CRISTINA DA SILVA CHAGAS1, LUCAS SILVA FERREIRA1, NELSON FERREIRA FÉ1, KENNY RODRIGUES DE SOUZA1, DÉBORA RAYSA TEIXEIRA DE SOUSA1, RUBENS CELSO ANDRADE DA SILVA JUNIOR 1, SUSAN SMITH DORIA1, MAURÍCIO COSTA OLIVEIRA1, RODRIGO AUGUSTO FERREIRA DE SOUZA1, MARIA DAS GRAÇAS VALE BARBOSA GUERRA1, JORGE AUGUSTO DE OLIVEIRA GUERRA1
1. PPGMT/UEA/FMTHVD - Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical UEA/FMTHVD, 2. UEA - Universidade do Estado do Amazonas, 3. FMTHVD - Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, 4. UFAM - Universidade Federal do Amazonas, 5. FVS-AM - Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas
arineiassilva@gmail.com

A leishmaniose tegumentar americana (LTA) representa um problema de saúde pública. Na cidade de Manaus, há predomínio de infecções por Leishmania (V.) guyanensis, observa-se, porém, um grande aumento de casos de leishmaniose causados por Leishmania (Leishmania) amazonensis , cujos transmissores são Bichromomyia flaviscutellata e Bi. olmeca nociva . O objetivo deste estudo foi descrever a ocorrência e abundância das espécies de flebotomíneos vetoras de L. amazonensis presentes em área de importância epidemiológica para LTA no município de Manaus/AM. As coletas foram realizadas no Assentamento Tarumã Mirim, utilizando-se armadilhas do tipo CDC no período de 12 meses consecutivos, por três noites seguidas, das 16h às 8h, em quatro pontos fixos de coleta. No mesmo período, foram realizadas ainda, aspirações em base de árvore na altura de até 2m do tronco por 5min, totalizando 36 árvores/mês. Foram coletados 42 flebotomineos da espécie L. olmeca nociva representando (2%) e 23 da espécie L. flaviscutellata (1,1%) ambas consideradas vetoras de Leishmania amazonenses. O registro de maior abundância destas espécies foi no mês de fevereiro/2016, o segundo mês de maior precipitação para o período estudado, observando-se, uma associação positiva de r=0,32 para L. olmeca nociva e r=0,46 para L. flaviscutellata . Apesar da abundância destas espécies ter sido registrada no mês em que a precipitação se mostrou relativamente alta, estes dados possivelmente não representam o padrão geralmente observado para sua ocorrência, uma vez que a densidade populacional destes insetos vetores foi extremamente baixa para o período estudado, fatores climáticos tais como temperatura, insolação, evaporação, e umidade, podem ter influenciado na diminuição da população de vetores de L. amazonensis . Sobre tudo, ressalta-se, que para os anos 2015/2016 houve registro de variações climáticas ocasionadas pelo fenômeno El Niño, o que pode ter contribuído para resultado encontrado.



Palavras-chaves:  flebotomíneos, vetores, Leishmania amazonensis