AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DE COMPOSTOS SINTETICOS DERIVADO DE AMINOQUINOLINAS E DE SUA ATIVIDADE CONTRA Plasmodium berghei ANKA EM MODELO MURINO
CAROLINA BRANDI MARQUES 1, NICOLAS GLANZMANN1, LÍVIA MARIA BARRETO PINTO1, MARINA ROCHA AZEVEDO1, JESSICA CORRÊA BEZERRA BELLEI1, BARBARA ALBUQUERQUE CARPINTER1, DANIELA CHAVES RENHE1, JULIANE APARECIDA MARINHO1, KÉZIA KATIANI GORZA SCOPEL1, ADILSON DAVID DA SILVA1
1. UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora
carolbrandi84@yahoo.com.br

Devido ao crescente surgimento e disseminação de resistência dos plasmódios, especialmente Plasmodium falciparum e menos frequentemente Plasmodium vivax , aos antimaláricos disponíveis, a busca por novos compostos efetivos e seguros para uso humano é atualmente preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Visto que as aminoquinolinas são capazes de inibir o desenvolvimento das formas sanguíneas dos plasmódios evitando, assim, a progressão da doença e, considerando ainda que a avaliação dos níveis da Proteína II Rica em Histidina (HRPII) de P. falciparum (cepa W2-cloroquina resistente) por meio da técnica de ELISA e o modelo murino de infecção por P. berghei ANKA são rotineiramente utilizados para avaliação da eficácia de uma droga, o presente trabalho teve por objetivo avaliar por meio desses métodos a atividade antimalárica de quatro compostos sintéticos quinolínicos (nomeados aqui Quin1, Quin2, Quin3 e Quin4). Nos testes in vitro de medição dos níveis de Pf HRPII, o composto Quin3 demonstrou IC50 similar ao observado para a cloroquina (IC50=0,06ug/mL e 0,03 g/mL, respectivamente) sendo, então, selecionada para os testes in vivo.  Para tal, camundongos C57BL/6 foram infectados com 10 5 hemácias infectadas por P. berghei ANKA e posteriormente tratados (a partir do 4º dia após infecção) com Quin3 nas concentrações de 15 e 50 mg/kg. Para determinar a eficácia da droga os animais tiveram suas condições clinicas (equilíbrio, força, etc.) avaliadas diariamente bem como sua parasitemia sanguínea e sobrevivência. Os resultados obtidos nos permitiram observar que independente da concentração do composto utilizada 50% dos animais foram protegidos contra o desenvolvimento de malária cerebral, a qual foi a causa de óbito de 100% dos animais não tratados com a cloroquina. No entanto, apesar de não desenvolverem malária cerebral esses animais desenvolveram elevadas parasitemias (> 20%) sucumbindo ao óbito a partir do 15º dia devido à hiperparasitemia. Conclui-se, então, que o composto Quin3 apresenta-se como uma droga promissora para estudos futuros, visto sua relativa atividade contra o desenvolvimento de malária grave em modelo murino. 

Suporte financeiro: CNPq, CAPES, FAPEMIG e UFJF



Palavras-chaves:  Malária cerebral, Plasmodium berghei, Quimioterapia