MODELAGEM COMPUTACIONAL DA INFECÇÃO POR Plasmodium falciparum: PERSPECTIVA PARA O ESTUDO IN SILICO DA MALÁRIA
LUCAS BORGES GOMES FERREIRA PINTO1, ADEMIR NUNES RIBEIRO JÚNIOR1, ROMARIO BRUNES WILL1, DANIELA REZENDE MOREIRA1, GABRIEL VITA SILVA FRANCO1, LUIZ ALBERTO SANTANA1, MAURÍLIO DE ARAÚJO POSSI1, ANDRÉIA PATRÍCIA GOMES1, TIAGO RICARDO MOREIRA 1, RODRIGO SIQUEIRA-BATISTA1
1. UFV - Universidade Federal de Viçosa, 2. FADIP - Faculdade Dinâmica Vale do Piranga
lucas_bgfp@hotmail.com

A malária causada pelo protozoário Plasmodium falciparum é uma doença infecciosa de grande repercussão mundial. Há uma compreensão limitada dos complexos mecanismos imunológicos desencadeados pelo parasita, dificultando o desenvolvimento de novas tecnologias para controle e prevenção da doença. Com isso, o presente trabalho traz a proposta de analisar essa interação hospedeiro-parasita através de simulações computacionais por meio do software AutoSimmune e, então, avaliar sua viabilidade em modelos futuros cada vez mais completos e equiparados à realidade. O AutoSimmune é um sistema que simula interações a nível microscópico através da modelagem de multiagentes, onde cada agente, individualmente, é programado com regras próprias, e interage com outros de forma randômica. O espaço virtual é composto por células, que representam o local que o agente ocupa ou pode ocupar, podendo deslocar-se para uma das oito que estão ao seu redor, e dessas, existe a possibilidade de haver portais, que são comunicações entre diferentes ambientes, os quais permitem o trânsito de agentes circulantes entre as áreas. Foram modelados como agentes os eritrócitos, merozoítos do Plasmodium , macrófagos, anticorpos, linfócitos B e TCD4 em dois ambientes: a circulação sanguínea (intravascular) e o baço. Na circulação, encontram-se os eritrócitos, merozoítos e anticorpos, livres para transitar entre os ambientes caso encontrem um portal, e interagir entre si, como por exemplo, na infecção de hemácias por merozoítos ou na opsonização – de eritrócitos infectados – por anticorpos. No baço, encontram-se os leucócitos, restritos a esse ambiente, interagindo entre si ou com os agentes circulantes. Todo esse processo leva em conta o evento randomizado de encontro entre os agentes específicos, respeitando as regras de locomoção aleatória. A quantidade dos agentes pode ser determinada por dados numéricos baseadas em literatura, ou então, valores arbitrários para testar diferentes hipóteses. Dado o exposto, acredita-se que trabalhos futuros apoiados nesse modelo possam ajudar a compreender interações complexas que ocorrem no organismo infectado, de forma econômica, rápida e livre das questões éticas que envolvem outros experimentos (envolvendo animais, humanos ou não).



Palavras-chaves:  AutoSimmune, interação, malária, Plasmodium falciparum