SUCETIBILIDADE DE Malassezia spp. À COMPOSTOS TRIAZÓLICOS |
As espécies de Malassezia constituem um gênero de leveduras lipofílicas e lipodependes, exceto a espécie M. pachydermatis , que colonizam pele e mucosa de humanos e outros animais, comumente associada a doenças de pele infecções fúngicas sistêmicas. Nesse contexto, tem-se por objetivo analisar a suscetibilidade espécies de Malassezia , isoladas em humanos, à compostos triazólicos a partir da literatura científica publicada. Trata-se de uma revisão Integrativa de literatura, com busca nas bases de dados BDENF, MEDLINE, LILACS, Scopus e Web of Science, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em inglês, Malassezia e a palavra-chave suscetibilidade antifúngica. A busca nos bancos de dados, após leitura flutuante dos títulos e resumos, resultou no resgate de 11 artigos que abordavam a suscetibilidade de diferentes espécies de Malassezia à antifúngicos comerciais, mas apenas 10 avaliaram a suscetibilidade de Malassezia spp. à compostos triazólicos. Ao analisar esses estudos percebe-se que a classe do antifúngico apresentou bons resultados, com baixa Concentração Mínima Inibitória. Os fármacos melhores avaliados foram itraconazol, cetoconazol, voriconazol e o posaconazol. Fluconazol e miconazol são exceções no grupo, pois apresentaram alta Concentração Mínima Inibitória. Embora os estudos analisados revelem bom desempenho dos compostos triazólicos contra Malassezia spp. isolada em humanos, a ausência de estudos que correlacionem a suscetibilidade in vitro e in vivo justificam a necessidade da exploração do tema, sobretudo com estudos multicêntricos, com o intento de fomentar o desenvolvimento de diretrizes terapêuticas. |