COLONIZAÇÃO DE NEONATOS PREMATUROS POR Malassezia spp.
GUILHEME OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE MALTA 1, DAVI PORFIRIO DA SILVA1, ROSSANA TEOTÔNIO DE FARIAS MOREIRA1, ITALA LETICE PEREIRA LESSA1, JANINE MARTINS DA SILVA 1, DEBORAH MARA DA ROCHA PEREIRA1, PAULA MARIANA FRAGOSO TORRES 1, JULIANA BARBOSA BARROS NUNES1
1. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
malta.goa@gmail.com

As espécies de Malassezia são leveduras lipofílicas normalmente isoladas na pele e mucosa de humanos e outros animais, comumente associadas há uma ampla variedade de dermatoses e, em indivíduos imunocomprometidos, infecções fúngicas sistêmicas. Nesse contexto, tem-se por objetivo caracterizar o processo de colonização de neonatos prematuros por Malassezia spp. a partir da literatura científica publicada. Trata-se de uma revisão Integrativa de literatura, com busca nas bases de dados Medline, Lilacs, ScieceDirect, BEDENF e no Portal de Periódicos CAPES, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em inglês, Recém-Nascido Prematuro, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Nutrição Parenteral, Cateteres, Malassezia e a palavra-chave Neonatos. A busca nos bancos de dados, após leitura flutuante dos títulos e resumos, resultou no resgate de apenas 12 artigos que abordavam a colonização de recém-nascidos prematuros por espécies de Malassezia , destes apenas 5 caracterizaram o processo de colonização desses indivíduos e os fatores associados. Ao analisar esses estudos entende-se que a transmissão de Malassezia spp. para o neonato pode acontecer de forma vertical ou horizontal. Cabe destacar que a espécie M. pachydermatis possa ser introduzida na UTIN através das mãos dos profissionais da equipe de saúde que possuem cães. Já os fatores associados na colonização incluem o grau de prematuridade e a condição da pele do prematuro; presença de intubação endotraqueal e acesso vascular central; exposição a mais de dois tipos de antibióticos e a outros fármacos, como os bloqueadores H 2 ; nutrição parenteral total prolongada e infusão de emulsões gordurosas intravenosas; enterocolite necrosante ou perfuração intestinal focal e cirurgia abdominal; bem como o longo período de internação hospitalar. O crescimento excessivo das espécies de Malassezia pode ser influenciado por fatores geográficos e ambientais, já que há maior densidade de diferentes espécies de Malassezia na pele em regiões quentes e úmidas, além disso, pode haver influência de fatores hormonais, sobretudo causando alteração na secreção de sebo. Entender o processo de colonização e os fatores associados pode permitir aos profissionais de saúde evitarem ou retadar, a cadeia de transmissão e colonização de Malassezia spp . em recém-nascidos prematuros.



Palavras-chaves:  Malassezia, Infecções fúngicas, Recém-nascido