COLONIZAÇÃO DE NEONATOS PREMATUROS POR Malassezia spp. |
As espécies de Malassezia são leveduras lipofílicas normalmente isoladas na pele e mucosa de humanos e outros animais, comumente associadas há uma ampla variedade de dermatoses e, em indivíduos imunocomprometidos, infecções fúngicas sistêmicas. Nesse contexto, tem-se por objetivo caracterizar o processo de colonização de neonatos prematuros por Malassezia spp. a partir da literatura científica publicada. Trata-se de uma revisão Integrativa de literatura, com busca nas bases de dados Medline, Lilacs, ScieceDirect, BEDENF e no Portal de Periódicos CAPES, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em inglês, Recém-Nascido Prematuro, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, Nutrição Parenteral, Cateteres, Malassezia e a palavra-chave Neonatos. A busca nos bancos de dados, após leitura flutuante dos títulos e resumos, resultou no resgate de apenas 12 artigos que abordavam a colonização de recém-nascidos prematuros por espécies de Malassezia , destes apenas 5 caracterizaram o processo de colonização desses indivíduos e os fatores associados. Ao analisar esses estudos entende-se que a transmissão de Malassezia spp. para o neonato pode acontecer de forma vertical ou horizontal. Cabe destacar que a espécie M. pachydermatis possa ser introduzida na UTIN através das mãos dos profissionais da equipe de saúde que possuem cães. Já os fatores associados na colonização incluem o grau de prematuridade e a condição da pele do prematuro; presença de intubação endotraqueal e acesso vascular central; exposição a mais de dois tipos de antibióticos e a outros fármacos, como os bloqueadores H 2 ; nutrição parenteral total prolongada e infusão de emulsões gordurosas intravenosas; enterocolite necrosante ou perfuração intestinal focal e cirurgia abdominal; bem como o longo período de internação hospitalar. O crescimento excessivo das espécies de Malassezia pode ser influenciado por fatores geográficos e ambientais, já que há maior densidade de diferentes espécies de Malassezia na pele em regiões quentes e úmidas, além disso, pode haver influência de fatores hormonais, sobretudo causando alteração na secreção de sebo. Entender o processo de colonização e os fatores associados pode permitir aos profissionais de saúde evitarem ou retadar, a cadeia de transmissão e colonização de Malassezia spp . em recém-nascidos prematuros. |