INFESTAÇÃO PELO Aedes aegypti NO MUNICÍPIO DE QUIXADÁ, SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ, 2016 A 2018
FRANCISCA KALLINE DE ALMEIDA BARRETO1, CLEMILSON NOGUEIRA PAIVA1, LARA MARIA OLIVEIRA RABELO1, LUCIANO PAMPLONA DE GÓES CAVALCANTI1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. IFCE - Instituto Federal do Ceará
kallineabarreto@gmail.com

O mosquito Aedes aegypti é o principal transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Há uma indicação de que infestação por esse vetor inferior a 1% diminui o risco de epidemias. Este trabalho teve como objetivo avaliar a infestação por Aedes aegypti no município de Quixadá, sertão central do Ceará, entre os anos de 2016 e 2018. Para isso, foram utilizados dados secundários disponibilizados pela Secretaria municipal de saúde dos ciclos de visitas domiciliares realizados entre janeiro de 2016 e junho de 2018. Os mesmos foram avaliados de forma descritiva. No período avaliado foram realizados nove (9) ciclos de visitas domiciliares, com infestação média variando entre 3,8% e 7,2%. Os ciclos ocorreram nos meses de 04/2016 (5,9%); 09/2016 (5,7%); 11/2016 (3,8%); 01/2017 (6,5%); 04/2017 (7,2%); 06/2017 (5,0%); 10/2017 (4,4%); 01/2018 (5,1%) e 04/2018 (6,5%). Em todos os ciclos havia bairros com infestação superior a 10%. No ano de 2016 foram realizados quatro ciclos que duraram, em média, 80 dias. Em 2017 essa média passou para 56 dias, com a realização de cinco ciclos e no ano de 2018 (não concluído) a média é de 63 dias para a realização dos ciclos de visitas domiciliares. Entre abril e julho de 2016 o município de Quixadá enfrentou uma grande epidemia de chikungunya, com uma incidência de 1707 casos por 100.000 habitantes. Em fevereiro de 2017 a gestão municipal aumentou em 40% o número de agentes que atuavam nas atividades de campo, fato que contribuiu para o aumento do número de visitas domiciliares. Entretanto, mesmo com o aumento do número de visitas domiciliares, o índice de infestação ainda permanece acima do preconizado pela Organização Mundial da Saúde. É preciso rever as estratégias de controle com objetivo de otimizar as ações de controle vetorial e minimizar o impacto de epidemias por arbovírus.



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, Epidemia, Infestação