DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE ESPINHARAS, SERTÃO PARAIBANO, BRASIL.
LAYSA FREIRE FRANCO E SILVA 1, RAIZZA BARROS SOUSA SILVA1, PEDRO PAULO DE SOUZA COELHO1, RAFAEL COSME SILVA1, CAMILA ALMEIDA AZEVEDO1, BEATRIZ MARIA DE ALMEIDA BRAZ1, WALTER MASSA RAMALHO1, MARCIA ALMEIDA DE MELO1
1. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande. Campus-Patos, 2. UNB - Universidade de Brasília. Campus-Ceilândia
laysafrfranco@gmail.com

A leishmaniose visceral, causada pela Leishmania infantum, é uma zoonose de grande impacto na Saúde Pública que acomete canídeos, humanos e outros mamíferos. A doença é endêmica em diversas regiões do Brasil e a presença da enfermidade nos cães costuma preceder os casos humanos. O objetivo desta pesquisa foi analisar o padrão de distribuição espacial da leishmaniose visceral canina (LVC) no município de São José de Espinharas, Sertão Paraibano. No ano de 2017, coletou-se 223 amostras de sangue de cães da zona urbana (103) e rural (120) do município de São José de Espinharas, registrando-se as coordenadas das residências dos tutores dos cães. A análise espacial foi realizada nos programas QGIS, SatScan e Google Earth a partir das coordenadas obtidas por GPS (Global Position System). O diagnóstico da doença foi realizado a partir das técnicas sorológicas ELISA/S7 ® (Biogene) e DPP ® (Bio-Manguinhos), considerando positivas as amostras que reagiram nos dois testes. Os casos de LVC se concentraram, principalmente, em áreas com desmatamento da vegetação local nas zonas rural e urbana. Na zona urbana, foi identificado um cluster com risco mais elevado em uma área periférica, onde ocorreu ocupação urbana recente. Os dados obtidos demonstram que os casos de LVC estão distribuídos em todo o município, porém apresentando áreas com maiores concentrações, sendo sugerida a realização de medidas de controle que as priorizem.



Palavras-chaves:  Calazar, epidemiologia, Paraíba, sorologia