ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM MUNICÍPIOS DO AGRESTE PARAIBANO, BRASIL. |
A leishmaniose visceral é uma zoonose parasitária de importância para a Saúde Pública causada pela Leishmania infantum . Na Paraíba, pouco se sabe sobre a prevalência nos municípios e quais os fatores de risco associados à infecção nos cães. Nos anos de 2015 e 2016, coletou-se 540 amostras de sangue de cães da zona urbana e rural dos municípios de Aroeiras, Gado Bravo, Natuba e Umbuzeiro, com o objetivo de estimar a prevalência e identificar os fatores de risco relacionados à leishmaniose visceral canina (LVC). A prevalência de LVC foi determinada através das técnicas sorológicas ELISA/S7 ® , DPP ® e EIE-LVC ® , considerando positivas as amostras que reagiram no DPP e em, pelo menos, um dos testes imunoenzimáticos. Os fatores de risco foram determinados por meio das análises estatísticas uni e multivariada. A prevalência por município foi de 10% em Aroeiras, 11% em Umbuzeiro, 18,8% em Gado Bravo e 13,8% em Natuba. Avaliando-se os fatores de risco, observou-se que os cães que possuem contato com outros cães ( Odds Ratio (OR) = 7,888), cães com mais de seis anos de idade (OR = 2,122) e fêmeas (OR = 3,171) possuem mais chances de contrair a doença nos municípios de Umbuzeiro, Natuba e Gado Bravo, respectivamente, e a alimentação com ração comercial associada à comida caseira foi um fator de proteção em Aroeiras (OR = 0,309). A presença de LVC amplamente distribuída nos municípios estudados e a de fatores de risco para a infecção demonstram a necessidade de medidas de controle mais adequadas para a região. |