GEODISTRIBUIÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA NAS MESORREGIÕES DA PARAÍBA
SUZANNA CAVALCANTE LINS1, RAIZZA BARROS SOUSA SILVA 1, EMMANUEL DE ASSIS CUNHA1, BEATRIZ MARIA DE ALMEIDA BRAZ1, LAYSA FREIRE FRANCO E SILVA1, ALINE ANTAS CORDEIRO CAVALCANTI1, WALTER MASSA RAMALHO1, MARCIA ALMEIDA DE MELO1
1. UFCG - Universidade Federal de Campina Grande, 2. UNB - Universidade de Brasília
raizzabss@hotmail.com

A leishmaniose visceral (LV) é uma doença infecciosa e crônica que pode acometer o homem quando este entra em contato com o ciclo de transmissão da Leishmania infantum (syn. Leishmania chagasi ) através do flebótomo Lutzomyia longipalpis . Na América Latina, a doença foi descrita em pelo menos 12 países, sendo que 90% dos casos ocorrem no Brasil. Com a franca expansão geográfica desta doença no Brasil, objetivou-se realizar um estudo geoespacial da LV humana no estado da Paraíba, por mesorregiões, no período de 2011 a 2015 e analisar a formação de clusters por meio do Índice de Moran. Foi realizado um estudo retrospectivo, descritivo e ecológico dos casos de LVH no estado da Paraíba, no período de 2011 a 2015, através dos dados do SINAN. A estatística espacial foi realizada através do índice de Moran, no software TerraView 4.0.0, para verificar a presença de cluster espacial, e o mapa das mesorregiões através do software Q Gis 2.18. Encontrou-se 231 casos confirmados de LVH na Paraíba no período analisado. A média foi de 46,2 casos confirmados de LVH por ano neste quinquênio e a mesorregião onde mais municípios notificaram a LVH foi o Sertão. Porém o município com maior número de casos foi João Pessoa, capital do estado situada na Mata Paraibana. O valor do Índice de Moran de 2011 a 2015 foi -0.058 e o p-valor foi 0.19, não havendo formação de cluster entre municípios. Ocorreram casos em todo o estado, no entanto em outros estados do Nordeste encontrou-se um maior número de casos da doença. Em Sergipe, ocorreram 382 casos de LVH no período de 2010 a 2015, e a maioria dos casos foram no litoral do estado. Além disso, houve a formação de clusters com autocorrelação espacial positiva entre os municípios. Conclui-se assim que o Sertão foi a mesorregião que mais municípios notificaram casos de LVH, e não houve autocorrelação espacial entre os municípios devido observações próximas espacialmente possuírem valores diferentes.



Palavras-chaves:  Calazar, Epidemiologia, Cluster