QUALIDADE MICROBIOLOGIA DE HORTIGRANJEIROS CONSUMIDAS EM CRECHES PUBLICAS EM MUNICÍPIO PARAIBANO
JÚLIA LAURINDO PEREIRA 2, LEANDRO PAES DE BRITO2, ANA CÉLIA ATHAYDE RODRIGUES2, VITOR MARTINS CANTAL2, ROSÁLIA SEVERO DE MEREIROS2, ÉRICA DE FARIAS DANTAS2
1. UFCG/CSTR/UACB - Universidade Federal de Campina Grande/ Centro de Saúde e Tecnologia Rural/ Unidadade Acadêmica de Ciências Biológicas, 2. UFCG/CSTR/PPGMV - Universidade Federal de Campina Grande/ Centro de Saúde e Tecnologia Rural/ Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária
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A contaminação microbiológica pode decorrer em qualquer fase do processamento dos alimentos, no entanto, o uso de água contaminada no processo de irrigação ou a utilização de dejetos de animais como fertilizantes podem ser um dos fatores mais impactantes nesse processo de contaminação inicial, em decorrência de alguns patógenos intestinais estarem presentes nesses meios. Uma fase determinante para a qualidade final do alimento é a higienização pré ingestão. O tomate é um fruto com conformidade da casca lisa e porosa, e é bastante ingerido em saladas cruas. O estudo teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica dos tomates fornecidos em creches públicas, urbanas do município de Patos-PB. As amostras de tomate foram coletadas em 10 creches públicas e compreenderam dois momentos: chegada na creche (M1) e após o processo de higienização (M2), totalizando 20 amostras. Os tomates foram armazenados em sacos estéreis, acondicionadas em caixas térmicas contendo gelo seco e analisadas no laboratório de microbiologia de alimentos da UACB/CSTR/UFCG, utilizando a técnica do número mais provável para termotolerantes (45°C) e coliformes totais. Para coliformes termotolerantes, o M1 apresentou que 60% das amostras de tomate estavam contaminadas com valores acima do permitido pela legislação vigente, variando entre as diluições 0,03x10 2 à ≥2,4x10 8 , já no M2 ocorreu uma redução de 40% dessa contaminação, no entanto, apresentou contaminação entre as diluições 0,03X10 2 à ≥2,4x 10 8 . Apesar da redução do nível de contaminação no M2, esse número ainda é preocupante, uma vez que esses alimentos são ingeridos de forma crua, chamando a atenção pra a importância do processamento e higiene adequada dos alimentos. Na análise de coliformes totais, apresentou uma variação entre 0,03x10 2 à ≥2,4x10 8 tanto em M1 como M2, no entanto, apresentou uma diminuição na contaminação de 60% após M2, apesar da legislação atual não apresentar parâmetros ideais para as amostras analisadas, a avaliação foi feita através da mensuração da diminuição da carga microbiana para o número mais provável (NMP). Isso posto, observamos a importância do emprego de boas práticas de fabricação e de higiene na manipulação de alimentos, desde o momento que antecede a colheita, até o momento da ingestão, fazendo com que os riscos de contaminação sejam minimizados.



Palavras-chaves:  Qualidade microbiologica, Creche publica, Hortaliças, Saúde pública