Novos métodos de tratamento da leishmaniose cutânea, onde estamos? |
Considerada doença milenar, a leishmaniose cutânea, doença parasitaria transmitida por insetos fêmeas do gênero Phlebotomus, ainda é um desafio terapêutico no século XXI. As drogas de escolha são os antimoniais pentavalentes, desde 1945, tanto para as formas cutâneas quanto a visceral. No América Latina e África está disponível o antimoniato de n-metilglucamina e nos Estados Unidos e Europa o estibogluconato de sódio. A taxa de cura varia de 60% a 90% a depender de características clínicos-epidemiológicas do paciente e da espécie do parasito. Este trabalho visa verificar a existência de estudos com novos métodos terapêuticos para o tratamento da leishmaniose cutânea. Foi realizado levantamento de dados nas bases Scielo, Lilacs e PubMed com os descritores ‘leishmaniasis’, ‘cutaneous” e ‘treatment,” e enquadradas na categoria ‘clinical trial’, nas línguas inglês, português e espanhol., com intervalo de tempo de 5 anos. Foram excluídos estudos envolvendo as drogas que já são recomendadas pelas diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde, como também os artigos referentes a relatos de caso. Foram encontrados 74 artigos no total, cujo 8 artigos preenchiam os requisitos. Os métodos terapêuticos foram com termoterapia, N=98 pacientes, tempo de tratamento por 12 semanas e taxa de sucesso terapêutico de 65%; Cloroquina oral, com N=43 pacientes, tempo de tratamento de 11 semanas e taxa de cura 100%; Fluconazol em altas doses, N=27 pacientes e taxa de cura 22%; Pentoxifilina, N=82 pacientes e taxa de cura 45%; Azitromicina, N=24 pacientes e taxa de cura 20%. Existem poucos estudos clínicos voltados ao desenvolvimento de novas drogas, mais seguras e com menos efeitos colaterais. Poucos estudos mostraram-se promissores e com sucesso terapêutico da amostra selecionada, sendo eles a termoterapia e a cloroquina. ataxa de sucesso terapêutico dos estudos foram semelhantes aos antimoniais pentavalentes, e mostraram a incidência de menos efeitos colaterais comparativamente. Boa parte dos estudos também mostraram insucesso terapêutico (fluconazol, pentoxifilina e azitromicina) e por isso foram descontinuados. |