ANÁLISE DE COMPLETUDE NAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS), DE PERNAMBUCO, NO ANO DE 2017
JANAINA LARISSA SANTANA ANDRADE 1, GRAZIELLE DOS SANTOS VASCONCELOS 1, CAMILA DE FARIAS DANTAS1, DEBORA LIMA VERAS1
1. SES - Secretária Estadual de Saúde, 2. UPE - Universidade de Pernambuco
janainaandrade56@gmail.com

Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), descoberta a mais de 30 anos, ainda constitui um problema de saúde pública, porém apresenta características epidemiológicas e clínicas diferentes daquelas inicialmente observadas. Objetivo: Analisar a completude dos dados das fichas de notificação de adultos com AIDS registradas no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), no ano de 2017 no estado de Pernambuco. Desenho do estudo: Estudo avaliativo, de desenho descritivo, retrospectivo. Metodologia: A coleta dos dados foi feita na base estadual do SINAN, em julho de 2018. As variáveis do estudo foram escolhidas por apresentarem uma fundamental importância para o serviço e por apresentar um alto percentual de ignorabilidade. Utilizou-se um critério de avaliação qualitativa que subdividiu os campos de preenchimento em 4 categorias, de acordo com o percentual de completude. Categoria 1 – 0 a 25% de completude, 2 – 25,1% a 50% de completude, 3 – 50,1% a 75% completude, 4 – 75,1% a 100% de completude. Os campos ignorados e os deixados em branco foram considerados dados incompletos. Para tabulação e análise dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel®. Resultados: No ano de 2017, em Pernambuco foram notificados 988 casos de AIDS. As variáveis essenciais raça/cor (92,91%), escolaridade (78,04%), Logradouro da residência do paciente (97,87%) se enquadraram na categoria 4. Já a ocupação com 30,87, categoria 2 e referência para localização da residência (1,21%) adequa-se a categoria 1. Com relação as variáveis obrigatórias, o provável modo de transmissão vertical (96,46%), transmissão sexual (76,42%) enquadram-se na categoria 4. No tocante da transmissão sanguínea, o uso de droga injetável (64,57%), tratamento/hemotransfusão para hemofilia (74,6%), transfusão sanguínea (61,84%) e acidente com material biológico com posterior soroconversão até 6 meses (69,33%) adequam-se a categoria 3. Discursão: Nota-se que as variáveis essenciais estudadas (ocupação e referência para localização da residência) apresentaram-se menor grau de completude, sobretudo a variável obrigatória do provável modo de transmissão percebe-se um percentual homogêneo da incompletude. Conclusão: Há falhas importantes no preenchimento dessas variáveis, que podem dificultar a atuação da gestão em seus diferentes níveis, para que possam contribuir com medidas preventivas e melhoria da qualidade de assistência à referida população.



Palavras-chaves:  AIDS , Epidemiologia, Sistema de Informação em Saúde