ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICAS DA LEISHMANIOSE VISCERAL DE 2000 A 2016 NO MUNICÍPIO DE TRIUNFO-PE
JANAINA LARISSA SANTANA ANDRADE 1, CIBELLY DE SOUZA BRANDÃO 1, VIVIANE DE SOUZA BRANDÃO LIMA 1, GISLAINE DAYANA PEREIRA DE SOUZA 1, DANIELA DE AQUINO FREIRE1
1. UPE - Universidade de Pernambuco , 2. UNIVERSO - Universidade Salgado de Oliveira, 3. UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
janainaandrade56@gmail.com

Introdução: As Leishmanioses são doenças zoonóticas, presentes nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, causadas por aproximadamente 20 espécies de protozoários pertencentes ao gênero Leishmania . A leishmaniose visceral (LV) é responsável pela forma visceralizante, afetando órgãos. Objetivo: Realizar um levantamento epidemiológico de casos humanos notificados da LV, no município de Triunfo-PE, entre os anos de 2000 a 2016. Desenho do estudo: Estudo do tipo epidemiológico transversal, de caráter retrospectivo com abordagem quantitativa descritiva. Métodos: Triunfo-PE, localiza-se na microrregião do Vale do Pajeú, sertão Pernambucano, com população de aproximadamente 14.515 habitantes. Os dados foram cedidos pela Vigilância Epidemiológica e Ambiental do município, notificados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis estudadas foram: data de notificação, idade média dos pacientes, sexo e a quantidade de pessoas infectadas. Resultados: De acordo com o SINAN de 2000 a 2016 foram notificados seis casos (5,3%) de (LV). Todos os casos foram autóctones. Sendo registrados dois casos nos anos de 2008, 2010 e 2011, respectivamente. Deste total, 50% foram casos registrados para o sexo masculino e 50% do sexo feminino. Em relação à faixa etária houve dois casos entre 20-30 anos e quatro entre 60-93 anos. No mesmo período nenhum óbito pela doença foi registrado. Discussão: A LV é uma doença de caráter endêmico no Brasil, onde, na década de 1990, aproximadamente 90% dos casos ocorreram na região Nordeste. Com a expansão geográfica da doença, observou-se uma redução da participação da região Nordeste para aproximadamente 48% dos casos na década seguinte. Em estudos realizados, demonstram que a doença afetou principalmente crianças menores de 10 anos (62,1%) e indivíduos do sexo masculino (74,2%), sendo registrados 183 óbitos. Conclusão: A LV é uma doença grave negligenciada e que requer atenção das autoridades de saúde pública. É necessário um controle mais efetivo da doença, através do controle dos reservatórios e dos vetores, a fim de reduzir a morbimortalidade relacionada.



Palavras-chaves:  Doença negligenciada , Epidemiologia, Leishmaniose visceral