AVALIAÇÃO DE GRUPOS DE AUTOCUIDADO EM HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE |
Introdução: A hanseníase é uma enfermidade milenar e continua representando um grave problema de saúde pública. Causando cicatrizes pela discriminação, estigma e exclusão social. Objetivos: Avaliar a implantação e desenvolvimento de grupos de autocuidado em hanseníase (GAC). Desenho do estudo: Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal. Metodologia: Estudo realizado na Região Metropolitana do Recife, em 4 Policlínicas; 1 hospital e 1 Unidade de Referência em Hanseníase e Tuberculose, 56 sujeitos que compõem os GACs participaram do estudo. Coleta de dados realizada de outubro de 2015 a setembro de 2016, utilizando 3 instrumentos, a escala SALSA (Screening of Activity Limitation and Safety Awareness), o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) – versão em português e a Escala de Participação Social. Os dados foram organizados e tabulados em planilhas no software Office Excel e discutidos à luz da literatura de referência. O estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco com CAAE: 24821313.4.0000.5192. Resultados: Dos 56 pacientes do estudo 32 (57%) eram do sexo masculino e 24 (43%) eram do sexo feminino. A idade variou entre 15 e 76 com média de 51 anos e mediana de 50 anos. A classificação operacional, identificamos 47 casos dos 56 participantes, através dos prontuários, 43 casos (91,5%) Multibacilares (MB) e 4 casos (8,5%) Paucibacilares (PB). Grau de incapacidade, de 32 participantes. Grau 0: 1 caso (3,2%), grau I: 10 casos (31,2%) e grau II: 21 casos (65,6%). Grau de limitação, 18,03% nenhuma limitação (n=11), 26,22% limitação leve (n=16), 13,11% limitação moderada (n=8), 24,59% limitação severa (n=15) e 19,67% limitação muito severa (n=12). Qualidade de vida, domínio psicológico (63,3), relações sociais (68,3) com as médias mais altas. As médias mais baixas, ambiental (54,4) e domínio físico (47,14). A média da qualidade de vida geral, 58,3. O domínio físico escore mais baixo (17,9). Discurssão: Altos casos MB reforça a importância dos GACs. Grau de Incapacidades elevados, mostram dificuldades de controle das suas complicações. Grau de Limitação, reflete o diagnóstico tardio. Entre os resultados dos domínios da qualidade de vida, pode ser atribuído ao poder incapacitante da doença. Conclusão: Os instrumentos utilizados se tornam ferramentas indispensáveis ao funcionamento dos GACs, mensurando a participação social, qualidade de vida, limitações de atividades e a consciência de risco percebido. |