AVALIAÇÃO DE GRUPOS DE AUTOCUIDADO EM HANSENÍASE NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE
JANAINA LARISSA SANTANA ANDRADE 1, JAIZYARA MARY SILVA1, TÚLIO DE LEMOS MARTINS1, DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS1, RAPHAELA DELMONDES NASCIMENTO1
1. UPE - Universidade de Pernambuco
janainaandrade56@gmail.com

Introdução: A hanseníase é uma enfermidade milenar e continua representando um grave problema de saúde pública. Causando cicatrizes pela discriminação, estigma e exclusão social. Objetivos: Avaliar a implantação e desenvolvimento de grupos de autocuidado em hanseníase (GAC). Desenho do estudo: Trata-se de um estudo quantitativo do tipo transversal. Metodologia: Estudo realizado na Região Metropolitana do Recife, em 4 Policlínicas; 1 hospital e 1 Unidade de Referência em Hanseníase e Tuberculose, 56 sujeitos que compõem os GACs participaram do estudo. Coleta de dados realizada de outubro de 2015 a setembro de 2016, utilizando 3 instrumentos, a escala SALSA (Screening of Activity Limitation and Safety Awareness), o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) – versão em português e a Escala de Participação Social. Os dados foram organizados e tabulados em planilhas no software Office Excel e discutidos à luz da literatura de referência. O estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco com CAAE: 24821313.4.0000.5192. Resultados: Dos 56 pacientes do estudo 32 (57%) eram do sexo masculino e 24 (43%) eram do sexo feminino. A idade variou entre 15 e 76 com média de 51 anos e mediana de 50 anos. A classificação operacional, identificamos 47 casos dos 56 participantes, através dos prontuários, 43 casos (91,5%) Multibacilares (MB) e 4 casos (8,5%) Paucibacilares (PB). Grau de incapacidade, de 32 participantes. Grau 0: 1 caso (3,2%), grau I: 10 casos (31,2%) e grau II: 21 casos (65,6%). Grau de limitação, 18,03% nenhuma limitação (n=11), 26,22% limitação leve (n=16), 13,11% limitação moderada (n=8), 24,59% limitação severa (n=15) e 19,67% limitação muito severa (n=12). Qualidade de vida, domínio psicológico (63,3), relações sociais (68,3) com as médias mais altas. As médias mais baixas, ambiental (54,4) e domínio físico (47,14). A média da qualidade de vida geral, 58,3. O domínio físico escore mais baixo (17,9). Discurssão: Altos casos MB reforça a importância dos GACs. Grau de Incapacidades elevados, mostram dificuldades de controle das suas complicações. Grau de Limitação, reflete o diagnóstico tardio. Entre os resultados dos domínios da qualidade de vida, pode ser atribuído ao poder incapacitante da doença. Conclusão: Os instrumentos utilizados se tornam ferramentas indispensáveis ao funcionamento dos GACs, mensurando a participação social, qualidade de vida, limitações de atividades e a consciência de risco percebido.



Palavras-chaves:  Autocuidado, Doença Negligenciada, Hanseníase